Tiago Reis é fundador da Suno, com 15 anos de experiência no mercado financeiro ele também é conhecido por denunciar esquemas de pirâmide com a conhecida “Operação Faraó“. A empresa denuncia da vez é a Braiscompany, que se apresenta em redes sociais como a “maior holding de blockchain” da América Latina. Para Tiago Reis, ela não passa de mais uma pirâmide no Brasil.
No site da empresa ainda é compartilhada a informação que o foco dos negócios seriam a criação de aplicações blockchain. Contudo, para Tiago Reis, tudo não passa de uma fachada para um esquema ponzi envolvendo Bitcoin no Brasil.
A principal sede da empresa é na cidade da Paraíba de Campina Grande, com filiais em São Paulo, Fortaleza e João Pessoa. Após as primeiras denúncias do fundador da Suno, moradores da região começaram a enviar denúncias sobre o negócio.
Tiago criou a “Operação Faraó” como uma forma de chamar atenção contra esquemas de pirâmide no Brasil. Ao compartilhar dados sobre os negócios, ele afirma que apenas acelera a queda inevitável dos esquemas ponzi.
Uma das empresas alvo dessa “operação” foi a Midas Trend, que já havia sido denunciada antes por diversos sites. No caso da Braiscompany, a denúncia começou pelo Instagram de Tiago Reis e rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Os advogados que representam a empresa negaram que o negócio seja uma fraude.
Os líderes da Braiscompany, vale o destaque, são apresentadores do programa Batalha das Startups (Reality Show da Record News) e recentemente deram uma palestra sobre blockchain no programa. Procuramos a produção do canal para comentar sobre a possível fraude de um dos apresentadores, que inclusive é mentor de startups por lá, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço continua aberto para manifestação.
“Operação Faraó” denuncia as atividades da Braiscompany e Tiago Reis dispara: “é um esquema ponzi”
Nas últimas 24 horas, uma empresa chamou a atenção de Tiago Reis. Para ele, é certo que a Braiscompany é um esquema ponzi, que promete rendimentos descabidos com Bitcoin. Até o influencer Raiam, que recentemente se envolveu em uma polêmica com a Natura, ajudou a dar voz ao movimento contra a empresa de Campina Grande.
Para Tiago Reis, no entanto, a possível pirâmide está perdendo força. Segundo denúncias que chegaram a ele, no início da Braiscompany eram oferecidos 15% ao mês para os clientes. No entanto, com a redução da rentabilidade das ofertas, o sinal é perigoso e Tiago pediu que os clientes da empresa saiam do negócio.
Após o início das denúncias por Tiago Reis, começaram a surgir mais informações sobre os rendimentos fixos mensais. Essa prática, alertou o especialista em finanças que é comum apenas entre pirâmides.
Possível relação de líder da Braiscompany com a D9 Clube de Empreendedores
Uma das primeiras pirâmides que usou a imagem do Bitcoin para promover golpes no Brasil foi a D9. O seu fundador, Danilo Dubaiano, hoje vive uma vida de luxo em Dubai com o dinheiro dos ex-investidores do negócio.
De acordo com Tiago Reis, um dos seus seguidores ainda enviou que a Braiscompany tem como líder um ex-líder da D9. Apesar da denúncia anônima, não foi apresentada nenhuma prova do possível envolvimento e nem citado o nome do tal líder.
Tiago Reis, de qualquer forma, classificou as denúncias que recebeu nas últimas horas em seu inbox do Instagram como “coisa pesada”.
Empresa é acusada de ter promovido criptomoeda estranha para clientes, que estão no prejuízo
Em meio a recente onda contra as supostas atividades fraudulentas da Braiscompany, o Reclame Aqui da empresa acabou vindo a tona. Por lá, a Braiscompany é acusada, por vários clientes, de ter promovido a criptomoeda “Easticoin”.
De acordo com o GAP (Grupo Anti-Pirâmide), em um post há cerca de dois anos, a Easticoin é um golpe claro. Pelo Reclame Aqui da Braiscompany, é possível ver que o cadastro foi feito há oito meses e a maior parte das reclamações têm relação com a “criptomoeda estranha”.
De acordo com informações obtidas por Tiago Reis, até a OAB de Campina Grande foi envolvida na situação. O analista até pediu que os advogados da região pressionassem a Ordem dos Advogados do Brasil para entender qual a relação dela com a empresa. Um dos seguidores de Tiago afirmou que vai denunciar o caso ao Ministério Público.
Ao tomar conhecimento do envolvimento com a suposta pirâmide, a OAB de Campina Grande emitiu uma nota pública na noite desta quarta (9). De acordo com a OAB, uma “empresa de investimentos” usou sua imagem e não há nenhuma relação ou convênio entre as partes. A OAB afirmou ainda que enviou ofício para a empresa, solicitando esclarecimentos sobre o caso.
Braiscompany se defendeu das acusações através de seu escritório de advogados
De fato a “Operação Faraó” criou uma confusão a ser explicada pela Braiscompany, para a OAB, seus clientes e até para a produção do reality Batalha das Startups. Pelo Instagram, a empresa postou na manhã desta quarta que seus advogados já estavam se preparando para resolver o caso.
Após algumas horas, o escritório se posicionou. Confira a nota da Braiscompany, por meio do escritório Orlando Penha & Associados:
O mistério sobre a denúncia que pesa contra a Braiscompany criou um reboliço com clientes da empresa. Alguns já buscam o saque de aportes, de acordo com Tiago Reis, que se orgulha de atacar pirâmides. Em seu Instagram, ele declarou que tais negócios fraudulentos mancham a imagem do mercado financeiro e arrasam famílias.
A reportagem tentou contato com a Braiscompany, mas o Website estava fora do ar. O espaço fica aberto.