A Polícia Federal deflagrou a Operação Maracutaia na manhã desta sexta-feira (9), um desdobramento da Operação Poyais de 2022, para novamente prender o Sheik dos Bitcoins.
A investigação foca em crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, estelionato e lavagem transnacional de dinheiro no mercado de criptomoedas.
Cerca de 30 policiais cumprem um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão em Curitiba e São José dos Pinhais, além de bloquear valores dos investigados.
Sheik dos Bitcoins volta a mira da PF em Operação Maracutaia
A investigação começou com denúncias de vítimas do esquema, apontando que o líder, que já foi preso e responde ao processo em liberdade desde junho de 2023, continuava suas atividades fraudulentas.
A PF descobriu que ele utilizava conta bancária de um ex-funcionário para ocultar gastos em Curitiba. O investigado, réu na Operação Poyais, violou medidas cautelares, retomando operações ilegais e envolvendo ex-colaboradores.
A operação Maracutaia teve como objetivo desmantelar tais atividades e aprofundar a apuração da responsabilidade criminal de outros envolvidos. As informações são da Polícia Federal em Curitiba.
O Livecoins não conseguiu contato com a defesa do suspeito, mas o espaço segue aberto para manifestações.
Relembre o caso do Sheik dos Bitcoins
O “Sheik dos Bitcoins”, Francisley Valdevino da Silva, começou a ser investigado em março de 2022 a pedido de autoridades dos Estados Unidos.
No Brasil, ele já vinha sendo acusado de aplicar fraudes financeiras em vários investidores, inclusive alguns famosos, como Sasha Meneghel, Janguiê Diniz, um ex-campeão do Mister Brasil e muitos outros mais.
Para convencer as aplicações financeiras, Francis, como era conhecido pelos investidores, alegava ser um empresário de sucesso e com amplo conhecimento em operações de trade de criptomoedas. Assim, ele criou várias empresas, sendo a mais famosa do grupo a Rental Coins, com sede em Curitiba (PR).
Alegando vasta experiência no mercado de tecnologia e criptomoedas, o investigado levava a erro seus clientes informando possuir grande equipe de traders, que realizariam operações de investimento com as criptomoedas alugadas e, assim, gerariam lucro para suportar o pagamento dos rendimentos.
Enquanto parte dos recursos dos clientes era usada para pagamentos das remunerações mensais, o restante era usado pelo investigado e pela organização criminosa para aquisição de imóveis de alto valor, carros de luxo, embarcações, reformas, roupas de grife, joias, viagens e diversos outros gastos.
Em liberdade desde 2023, agora ele volta a prisão para continuar a responder pelos seus crimes de pirâmides financeiras.