A Argentina está se comprometendo a pressionar o mercado de criptomoedas para agradar ao FMI, com quem tem uma dívida. Estimada em US$ 40 bilhões, a dívida da Argentina com o Fundo Monetário Internacional é alvo de muitas críticas internacionais ao país que apresenta uma das maiores inflações da América Latina.
O governo local parece disposto a resolver esse problema em breve, com um acordo sendo costurado com o órgão internacional.
Para isso, negociações tomaram 18 meses para chegar a um termo razoável que o país possa se livrar de seu débito, com o presidente Alberto Fernández enviando na última semana este ao Congresso Nacional argentino. A expectativa agora da aprovação do pacote de medidas já começa a preocupar setores no país.
Um pacote sob análise no congresso da Argentina pode pressionar criptomoedas para agradar FMI
O portal ámbito na Argentina divulgou o que pode ser um golpe contra as criptomoedas no país, caso o pacote FMI proposto pelo presidente da Argentina seja aprovado pelo Congresso Nacional.
Acusado de ser o “Acordo do ex-presidente Maurício Macri” com o FMI pelo atual governo, essa dívida contraída pela Argentina deixa até investigações pelo caminho. O ex-presidente do Banco Central na época considerou até ser melhor ter comprado Bitcoin, após ser alvo de críticas nos últimos meses.
De qualquer forma, o país corre contra o tempo para evitar um problema com o FMI, adiando a dívida em 4 anos. Para isso, um dos compromissos assumidos é regular e fiscalizar mais duramente as criptomoedas para evitar a lavagem de dinheiro.
O único problema para o presidente Alberto é que nem a sua base está convencida do atual acordo como uma medida benéfica para o país, logo, não está claro se esse acordo será aprovado.
Já para os apoiadores da aprovação do acordo, isso significa evitar a catástrofe imediata do país vizinho ao Brasil, que já atravessa uma crise em sua economia e não dispõe de tantos recursos para pagar a dívida no curto prazo.
E se o congresso argentino não aprovar o pacote?
Um alívio para o setor de criptomoedas local poderia ser o congresso argentino não votar o pacote de medidas, situação da qual não mudaria nada para as empresas locais em breve.
Contudo, isso significa que a Argentina tem que reunir US$ 2,8 bilhões até o final deste mês de março para enviar ao FMI, visto que valeria as regras de 2018.
Caso seja aprovado, além de uma possível pressão contra o mercado de criptomoedas, a Argentina ganha um prazo para pagar em 2026 a dívida, dando liberdade a alguns setores, mas pressionando outros duramente.