Partido Comunista de Cuba inclui Bitcoin em suas diretrizes econômicas

O Bitcoin não é completamente desconhecido pelos cubanos, mas é um ativo com adoção baixa em relação a outros países da América Latina.

De acordo com o mais recente anúncio da alta direção do Partido Comunista de Cuba (PCC), o Bitcoin vai passar a ser um dos pontos de interesse e de estudo para as diretrizes econômicas do país para o período de 2021-2026.

A divulgação dos novos planos foram feitos durante o VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba, realizado em Havana entre os dias 16 e 19 de abril de 2021.

O anúncio foi feito por Mercedez López Acea, membro do órgão máximo da alta direção do PCC. De acordo com o portal oficial, as novas orientações indicam que o partido vai passar a “a avançar no estudo das criptomoedas nas atuais condições da econômia”. 

Cuba é conhecido mundialmente por uma crise econômica que dura várias décadas, desde que os EUA iniciaram um embargo econômico, que acabou piorando ainda mais a situação do país depois do fim da União Soviética (que tinha laços estreitos com o governo de Fidel Castro).

Sendo assim, é bem possível que o Bitcoin e outras criptomoedas sejam estudadas e no futuro possam ser utilizadas como uma forma de driblar o problema com a soberania internacional do dólar e o soft power que a moeda possui dentro do mercado cubano.

Nenhum outro detalhe foi oferecido além do anúncio de que a moeda digital vai entrar nas diretrizes econômicas do Partido Comunista de Cuba, mas é um primeiro passo importante para uma adoção do ativo no contexto de soberania econômica.

Apesar de não ter utilizado uma criptomoeda, a China chegou a ir para o mesmo caminho, estudando e desenvolvendo uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC), que para alguns até mesmo ameaça a soberania do dólar.

No entanto, vale mencionar que a Venezuela tentou fazer a mesma coisa, com um resultado bem menos expressivo do que o país asiático, mas o processo de digitalização econômica continua por lá. 

Cuba ainda é uma região nova para o Bitcoin

O Bitcoin não é completamente desconhecido pelos cubanos, mas ainda assim é um ativo com adoção baixa em relação a outros países da América Latina. Há apenas duas corretoras no país, com volume relativamente baixo.

A “fraca” presença do interesse na moeda pode ser sentida também nas redes sociais. O maior grupo de Bitcoin no Facebook em Cuba tem pouco mais de 6 mil membros. 

A decisão do governo de falar abertamente sobre o Bicoin pode também mudar essa questão, aumentando o interesse da população pela maior criptomoeda do mundo.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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