A PF deflagrou a Operação Trinta Réis nesta quarta-feira (13), onde apreendeu criptomoedas de um suspeito de cometer crimes. Essa ação ocorreu no interior de Minas Gerais, na cidade de Governador Valadares.
Em junho de 2022, a Polícia Federal do Brasil cumpriu mandados nessa mesma cidade, através da Operação Relicta Mori. A suspeita era de que um grupo local estava levando pessoas para atravessar as fronteiras do México e Estados Unidos ilegalmente.
Ao tentar cruzar a fronteira em 2021, um brasileiro que foi ao local com ajuda deste grupo acabou morrendo na travessia, levando os familiares a denunciar o esquema. Há suspeitas que os envolvidos pratiquem tráfico humano, homicídio e até migração ilegal.
Em nova operação da PF batizada de “Trinta Réis”, criptomoedas são apreendidas de suspeito
Na região da Amazônia e Uruguai, a ave “Trinta Réis” é conhecida por ser migratória. Utilizando essa homenagem então, a PF batizou uma nova operação deflagrada nesta quarta.
Segundo informações da PF, um suspeito de Governador Valadares, que atuava em toda a Região do Vale do Rio Doce, foi alvo de um mandado de prisão preventiva.
Outros três mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares, que foram todos cumpridos no município de Dom Cavati, há 280 quilômetros de Belo Horizonte.
O principal investigado nessa ação é acusado de levar pelo menos 17 pessoas para cruzar a fronteira do México e Estados Unidos, entre dezembro de 2020 e março de 2021.
Na ação da PF, foram apreendidos veículos de luxo, imóveis em nome do suspeito, valores em espécie e até criptomoedas, essas últimas que podem destinadas à ocultação de patrimônio obtido ilegalmente.
Autoridades dos EUA emitiram alerta
O que chama atenção nessa nova operação da PF que resultou na apreensão de criptomoedas é que o alerta inicial partiu das autoridades da fronteira dos EUA, em El Paso, no Texas.
Dessa forma, o suspeito foi identificado no Brasil e a PF seguiu com a nova operação, a segunda em menos de um mês contra o crime de migração ilegal.
Como os suspeitos do crime responderão por crimes de tráfico de pessoas e outros crimes mais, podem ser condenados a mais de 30 anos de prisão.
Vale lembrar que crimes envolvendo o uso de criptomoedas ainda são baixos no Brasil e em todo o mundo. Para se preparar no setor, a Polícia Federal já realizou vários treinamentos para seus agentes de campo, inclusive com apoio de autoridades dos EUA, como FBI e CIA.