A gigante Philip Morris está construindo uma blockchain pública para rastreamento. Entretanto, ainda não foi informada a rede principal que a empresa fará uso. Mesmo assim, a indústria de tabaco, mesmo com todas as imposições, ainda é forte no mercado mundial.
Além disso, a nova blockchain pode ser fundamental para a empresa, visto que será possível mitigar riscos. A empresa estima que cerca de U$ 20 milhões poderão ser poupados por ano.
Blockchain pública poderá utilizar Ethereum
A tecnologia blockchain permite que várias aplicações possam ser construídas, resolvendo problemas que até então não conheciam soluções.
Fato é que um dos casos que a Philip Morris está testando é o rastreio das etiquetas de impostos. Isso porque essas etiquetas, que são impressas nas carteiras de cigarros, custam caro para a empresa.
Entretanto, muitas falsificações das etiquetas, que podem ser feitas com impressoras de alta qualidade, causam prejuízos. A empresa então, quer conseguir rastrear com a blockchain essas etiquetas.
A solução que está em análise pode utilizar a blockchain Ethereum (ETH), que é uma rede pública. Porém, nem todas as aplicações que a Philip Morris está idealizando poderão ser públicas. Isso porque alguns trabalhos poderão ser disponíveis apenas a certas pessoas, e neste caso seria criado aplicações em outra blockchain. A Hyperledger tem sido uma das opções que a empresa considera para essa etapa de blockchain privada.
Governos também têm prejuízos com fraudes das etiquetas
Além do prejuízo citado anteriormente que a empresa pode deixar de ter, governos também têm problemas com fraudes nas etiquetas.
Cada etiqueta custa em torno de U$ 5,50 por pacote, e a cada fraude ocorrida, impostos deixam de ser recolhidos.
A nova blockchain será disponibilizada para outras empresas que vejam sentido em rodar um nó. Porém, não haverá emissão de tokens ou criptomoedas em um primeiro momento.
Além disso, o responsável pela divisão de inovação, Nitin Manoharan, disse ao portal Coindesk mais detalhes. De acordo com a visão da empresa, “um terceiro interessado poderá fazer uso da tecnologia”. Acrescentou ainda que se “uma empresa não ver sentido na aplicação, basta não utilizar mais”.
Blockchains privadas são muito simples. O valor real está nas blockchains públicas, onde vários players podem participar de uma maneira confiável.