Um estudo promovido pelo Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC), apontou que as pirâmides financeiras estão crescendo em meio à pandemia. No Brasil, os juros baixos também favoreceram a proliferação de golpes contra a economia popular.
Não é de hoje que esses golpes acontecem no Brasil. No caso da BBOM, por exemplo, a empresa lesou milhares de pessoas em 2013.
Já em 2014, as operações da Telexfree foram encerradas no país, também deixando clientes desesperados. Nos últimos anos, alguns negócios fraudulentos usaram a imagem até do Bitcoin para criar golpes.
O comum entre todos é a oferta de rendimentos garantidos, além do uso do marketing multinível.
Pirâmides financeiras se aproveitam da pandemia e juros baixos para aumentar operações no Brasil
O Brasil atravessa um momento complicado, na saúde e economia. Com 218.878 mortos pela COVID-19 hoje, o país atravessa um grave momento sanitário, o maior de sua história.
No entanto, a economia também foi afetada pela crise na saúde, aumentando o desemprego no país. Com todos esses problemas, o brasileiro começou a procurar alternativas criar uma renda.
Aproveitando o momento de instabilidade, líderes de pirâmides financeiras se aproveitaram do momento. A informação foi compartilhada pelo Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC).
De acordo com o Valor Econômico, o CNDC acredita que a pandemia aliado aos juros baixos na economia, ajudaram no crescimento das pirâmides. Cabe o destaque que, com os juros baixos, a renda fixa no Brasil perdeu rentabilidade, levando muitos investidores a procurar novos ativos para aportar seus recursos.
O relatório do grupo, aprovado pelo Ministério da Justiça, foi liberado na última semana. Desse modo, o governo pretende criar ferramentas para combater os golpes contra a economia popular.
Canal exclusivo para denúncias contra pirâmides poderá ser criado
A força-tarefa foi criada após o número de denúncias de pirâmides financeiras explodir no Brasil. Desse modo, o governo pretende criar pelo menos três ferramentas para o combate a prática.
Um deles seria um canal exclusivo para denúncias contra esquemas de pirâmides. Outra ferramenta seria a ampliação da comunicação entre órgãos do setor público, principalmente entre o mercado financeiro e órgãos de defesa do consumidor.
Por fim, a intenção do grupo é ampliar os ensinos sobre finanças, para que os brasileiros aprendam a investir com mais segurança.
O grupo acredita que as pirâmides hoje têm um funcionamento rápido no mercado. Ou seja, quando chegam informações aos órgãos de defesa do consumidor, os negócios fraudulentos muitas vezes já finalizaram o golpe.
No Brasil, tramita um projeto de lei para colocar os crimes de pirâmide financeira na legislação. O novo relatório, aprovado pelo Ministério da Justiça, também será enviado ao Banco Central do Brasil para vistas do órgão.