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Nova geração de pirâmides financeiras no Brasil usam “energia solar” como isca

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Normalmente, os líderes e fundadores de pirâmides financeiras atacam um tema que esteja em alta. A próxima pirâmide a atuar no Brasil poderá ter dificuldades de envolver o tema Bitcoin no esquema, e os líderes dessas empresas sabem disso.

O movimento de criação de pirâmides financeiras é cíclico, sempre retornando em algum momento de fraqueza. Nos últimos anos o Brasil foi assolado com falsas promessas atreladas a produtos milagrosos, que deixaram pessoas sem casa e dinheiro.

A Telexfree, por exemplo, prometia rendimentos com marketing multinível como provedora de telefonia via internet (VoIP). O caso é um dos maiores registros de pirâmide financeira do país, tendo atuado entre 2012 e 2014.

Já o Boi Gordo, que operou entre 2001 e 2004, oferecia rendimentos de 42% em um ano e meio. A promessa era de engordar gados para posteriores vendas, porém, provou-se um esquema de pirâmide que dependia da entrada de novos investidores.

Associação Bitcoin com a próxima pirâmide que irá atacar o Brasil não será possível

Com o criptomercado aparecendo nos últimos anos, novas pirâmides apareceram para atuar neste nicho de mercado. Ao apresentar os altos rendimentos do Bitcoin, vários negócios afirmaram realizar trade de criptomoedas, que traziam retornos garantidos aos investidores.

Os casos mais emblemáticos são a Unick Forex e Indeal, que movimentaram uma alta cifra de investidores. Outros, menos conhecidos, mas sob investigação são a A2 Trader, Midas Trend e Genbit.

Certamente foi fácil falar sobre Bitcoin para os donos destes negócios. O Bitcoin foi considerado o melhor investimento da década, com rendimento de 9000% nos últimos dez anos.

Com isso, foi associado esquemas criminosos a fama da moeda virtual, que teve que pagar o preço de se tornar alvo de investigações e regulamentações pelo mundo. A Onecoin, por exemplo, lesou clientes em vários países, ao afirmar possuir uma criptomoeda melhor que o Bitcoin.

Energia Solar é a nova “isca”

Na medida em que a mídia divulga os esquemas criminosos e explicam que o Bitcoin não é uma pirâmide, líderes ficam sem ideias para inovar no crime. A moda será sempre um setor, ou produto, que esteja em alto interesse da população.

Um setor candidato a aparecer pirâmides seria o de investimentos em energia solar. Com empresas oferecendo rentabilidades garantidas com painéis de energia solar, pirâmides irão certamente se aproveitar do interesse.

Um levantamento realizado pelo Livecoins identificou 8 empresas com características de pirâmide que dizem investir em energia solar. Algumas dessas empresas possuem líderes conhecidos de outros golpes que já caíram.

No campo dos esquemas ponzi com energia solar, o bilionário Warren Buffett aportou U$ 340 milhões em um golpe, ainda em 2019. No fim de janeiro de 2020, após o golpe ir a julgamento, os donos da DC Solar se declararam culpados pela acusação de criar uma pirâmide financeira que operou no mercado de energia solar.

Em resumo, os golpes acontecem onde há inovação e alto interesse de investimentos. Contudo, quando “a promessa é demais, até o santo desconfia”. A próxima pirâmide do Brasil não deverá usar o Bitcoin como marca, uma vez que a população já aprendeu sobre a verdadeira tecnologia.

Os incentivos para criar uma pirâmide no Brasil são altos, uma vez que a punição é leve. Neste “setor”, o crime realmente compensa, apesar da iniciativa de criar leis contra pirâmides, atualmente em discussão no Congresso. Atenção aos sinais de alta rentabilidade garantida em curto prazo de tempo será o que separa as vítimas dos afetados pelo “conto do vigário”.

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Autor:
Vinicius Golveia