Polícia fecha call center de golpe com criptomoedas com 1.090 funcionários

Grande esquema criminoso investigado por crimes de tráfico humano e estelionato.

A Polícia Nacional das Filipinas divulgou o encerramento de um grande call center que promovia golpes no mercado de criptomoedas e que contava com mais de mil funcionários na instalação.

A operação ocorreu na quinta-feira (4), quando autoridades chegaram ao local e encontraram os funcionários em condições análogas a escravidão e de tráfico humano.

De acordo com dados da própria polícia nacional, no local haviam pessoas de sete nacionalidades. Todos foram atraídos com promessas de empregos legítimos e grandes ganhos, mas ao chegar no local tinham que operar os golpes contra vítimas.

Os funcionários já foram resgatados pela polícia, e devem colaborar com as investigações sobre o caso. A situação ocorria na província de Pampanga, nas Filipinas, informaram autoridades.

Chega ao fim mais um call center que aplicava golpes no mercado de criptomoedas

A Polícia Nacional das Filipinas, juntamente com outras agências governamentais, resgatou com sucesso mais de mil estrangeiros e filipinos de uma operação de tráfico humano na cidade de Mabalacat, Pampanga, na noite de quinta-feira.

Com base na investigação, as vítimas resgatadas foram forçadas a trabalhar para uma indústria cibernética fraudulenta. O objetivo do call center era o de realizar vítimas nos países asiáticos de onde vinham os trabalhadores, aplicando vários golpes com a imagem das criptomoedas.

De acordo com o chefe da polícia do PNP, General Benjamim Acorda, as agências filipinas devem continuar a trabalhar para garantir que crimes assim não continuem no país.

“Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com outras agências para garantir que aqueles que se envolvem em crimes tão hediondos sejam responsabilizados. Todos devemos nos unir nesta luta contra o tráfico de pessoas e ajudar a acabar com esta prática desumana.

O PNP permanece firme em seu compromisso de eliminar o tráfico humano nas Filipinas e promete transformar o país em um lugar seguro onde filipinos e estrangeiros possam prosperar, explorar e conduzir negócios sem medo.”

Estrangeiros deverão ser deportados

Como a operação ocorreu na última quinta-feira e há uma grande quantidade de vítimas estrangeiras, todos estão sendo ouvidos e documentados. A expectativa é a de que todos sejam deportados aos seus países já nos próximos dias.

Participaram da operação agentes do Grupo Anti-Cybercrime (ACG), Força de Ação Especial (SAF) e Grupo de Inteligência (IG), juntamente com a Comissão Presidencial Anti-Crime Organizado, Departamento de Justiça, Departamento de Bem-Estar Social e Desenvolvimento, Bureau de Imigração e Conselho Interinstitucional de Combate ao Tráfico.

Com isso, os agentes conseguiram o resgate de 1.090 indivíduos consistindo de estrangeiros de Hong Kong (1), Indonésia (173), China (307), Vietnã (423), Nepal (40), Malásia (27), Tailândia (6), Taiwan (2), Myanmar (12), bem como filipinos (172).

Vale lembrar que, recentemente, a Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil alertou para o caso de brasileiros atraídos para Camboja, outro país asiático. Ao chegar no local, todos tinham que trabalhar em call centers de golpes de criptomoedas com condições desumanas de escravidão.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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