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Polícia fecha corretora de criptomoedas e prende influenciador

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Uma corretora global de criptomoedas com sede em Hong Kong, suspendeu sua plataforma após sofrer uma batida policial que resultou na prisão de várias pessoas. A operação foi resultado de uma investigação conduzida pela Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong (SFC), que descobriu que a empresa vinha realizando suas operações sem licença no país.

De acordo com a mídia local, a polícia de Hong Kong prendeu um dos maiores influenciadores do país, Joseph Lam Chok, na manhã desta segunda-feira (18), por seu envolvimento com a plataforma que enfrenta acusações de fraude.

O regulador dos mercados financeiros de Hong Kong emitiu um alerta contra a JPEX na semana passada, afirmando que a corretora alegou falsamente ter solicitado uma licença ao regulador.

Em seu site, a empresa afirma ser licenciada pelas autoridades de valores mobiliários da Austrália e possui registro na Rede de Execução de Crimes Financeiros dos EUA (FinCEN) como uma Empresa de Serviços Monetários (MSB). No entanto, o SFC destacou que as alegações são falsas.

Corretora é denunciada por usuários

Os usuários da JPEX passaram a denunciar a corretora em Hong Kong devido à empresa começar a cobrar repentinamente taxas absurdas para saques de criptomoedas.

Um cliente da plataforma chegou a publicar no Twitter (X) que tentou fazer um saque de US$ 1000 e teve que pagar taxa de US$ 999 pela operação.

Corretora cobra taxa de 999

Além disso, a empresa anunciava seus tokens nativos em táxis da cidade prometendo que seu preço aumentaria 50 vezes, e também oferecia uma conta ‘poupança’ em stablecoins com um gigantesco retorno anual de З0%.

JPEX Taxi

A empresa então passou a enfrentar escrutínio devido a suspeitas de ser um esquema de “rug pull”, uma tática onde os criadores de uma plataforma abandonam o projeto, deixando os investidores em apuros.

Mais de 1000 reclamações foram registradas contra a empresa, com alegações de clientes perdendo aproximadamente US$ 34 milhões.

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) teve participação no caso, redirecionando as investigações para a polícia de Hong Kong. Isso levou à implementação de uma linha direta para denúncias de incidentes relacionados.

No meio da turbulência e reclamações dos usuários, a plataforma publicou um artigo em seu blog oficial na noite de domingo (17), culpando terceiros por seus problemas de saques e taxas.

“Devido ao tratamento injusto por parte de instituições relevantes em Hong Kong em relação à JPEX, e a uma série de notícias negativas, nossos parceiros terceirizados e criadores de mercado congelaram fundos maliciosamente”, disse a empresa, acrescentado que seus parceiros restringiram sua liquidez, aumentando “significativamente seus custos operacionais”.

Influenciador é preso

Joseph Lam Chok, um influenciador famoso no país, foi preso pela polícia na manhã desta segunda por promover a plataforma em suas redes sociais. Ele foi abordado enquanto estava em seu escritório e teve evidências apreendidas, incluindo um laptop, celular e dinheiro.

De acordo com notícias locais, o influenciador já havia dado depoimento à polícia na última sexta-feira (15), quando afirmou que qualquer pessoa poderia se tornar parceiro da plataforma através de um sistema de indicação.

Joseph Lam Chok Preso. Imagem: thestandard.com.hk

A CVM de Hong Kong afirmou que a JPEX promoveu “seus produtos e serviços ao público por meio de influenciadores de mídia social e principais líderes de opinião (KOLs), bem como vendedores de ativos virtuais de balcão (OTC)”, acrescentando que solicitou a todos eles que parassem de promover a empresa.

Enquanto isso, a corretora desocupou seu escritório em Taipei, capital de Taiwan, e as autoridades estão interrogando vários influenciadores que promoveram a empresa.

No Twitter, um usuário afirmou que a JPEX abandonou seu estande repentinamente no segundo dia da conferência Token2049 realizada em Cingapura, logo após o aviso da CVM do país.

Corretora culpa todo mundo

Em comunicados publicados após a operação da polícia, a JPEX cita injustiça por parte das autoridades. A empresa atribuiu a culpa pelo congelamento de fundos a seus criadores de mercado.

“Eles começaram a exigir informações adicionais de nossa plataforma para fins de negociação, restringindo nossa liquidez e aumentando significativamente nossos custos operacionais diários”, disse.

A empresa então anunciou sua decisão de congelar todos os saques e interromper sua plataforma de rendimentos chamado Earn Trading. Ao mesmo tempo, prometeu resolver a situação e fazer ajustes nas taxas de retirada.

Além disso, a JPEX afirmou que está contemplando um esforço de reestruturação para se transformar em uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO).

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Autor:
Gustavo Bertolucci