Polícia invade escritório da Worldcoin e apreende orbes

O Ministério do Interior do Quênia anunciou que agências responsáveis pela segurança, serviços financeiros e proteção de dados já estão investigando a autenticidade e legalidade das atividades relacionadas à empresa.

Uma cidade no Quênia foi o centro das atenções no último final de semana devido a uma operação policial que teve como alvo um escritório ligado ao controverso projeto de criptomoeda, Worldcoin, criado pelo fundador do ChatGPT.

Máquinas suspeitas de armazenar dados de usuários foram confiscadas durante a ação, de acordo com informações de fontes locais. Com um mandado de busca em mãos, as autoridades quenianas realizaram a operação nos escritórios situados em Mombasa Road.

De acordo com a mídia local, o chefe do Gabinete do Comissário de Proteção de Dados (ODPC), levantou dúvidas sobre as verdadeiras intenções da empresa responsável pela criptomoeda, acusando-a de falta de transparência.

Quênia proíbe Worldcoin

No início de agosto, o Quênia tomou uma medida drástica ao suspender as operações da Worldcoin, argumentando que o governo estava preocupado com as atividades da empresa e que era imperativo investigar a questão.

O banimento da criptomoeda no país foi resultado de uma análise conjunta entre o OPDC (Gabinete do Comissário de Proteção de Dados) e a Autoridade de Comunicações (CA). Tal revisão revelou uma série de preocupações regulatórias que necessitavam de atenção imediata.

A CA divulgou um comunicado apontando questões como a falta de clareza em relação à segurança e ao armazenamento dos dados sensíveis coletados pela Worldcoin.

A Worldcoin tem como objetivo criar um mecanismo de identificação global, utilizando varreduras de íris para comprovar a unicidade e a autenticidade de uma pessoa. Em troca dos dados, a empresa promete distribuir criptomoedas para os usuários cadastrados.

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A empresa foi criticada por não fornecer informações adequadas sobre medidas de segurança cibernética. A retenção de grandes volumes de dados de cidadãos por entidades privadas sem uma estrutura adequada também foi destacada como um ponto preocupante.

O Ministério do Interior do Quênia anunciou que agências responsáveis pela segurança, serviços financeiros e proteção de dados já estão investigando a autenticidade e legalidade das atividades relacionadas à empresa.

Enquanto isso, a Autoridade do Mercado de Capitais do Quênia (CMA) expressou suas próprias preocupações e alertou os cidadãos de que a Worldcoin não é regulamentada no país.

Segundo a legislação queniana, os indivíduos têm o direito de não fornecer informações pessoais desnecessárias e que a divulgação inadequada desses dados é proibida.

Worldcoin

A Worldcoin recentemente lançou seu projeto e já distribuiu criptomoedas para usuários que passaram por varreduras de íris. O token teve uma valorização de 60% após ser lançado, chegando a US$ 2,60 nas corretoras de criptomoedas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

A suspensão das operações da Worldcoin pelo Quênia envia uma mensagem para a empresa, que deve continuar enfrentando escrutínio dos reguladores no resto do mundo.

Enquanto isso, a Worldcoin Foundation afirma ter um “programa robusto de privacidade”. A fundação também disse que está trabalhando com todos os reguladores, incluindo as autoridades dos países onde está enfrentando pressão.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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