Tanto a popularização quanto a evolução dos ativos digitais está fazendo com que governos busquem modificar ou criar novas leis para atualizarem-se a estas tecnologias. Nesta semana, tanto políticos britânicos quanto coreanos focaram nos tópicos de criptomoedas em NFTs.
Do lado do Reino Unido, conservadores mostram-se preocupados com a segurança financeira de seus cidadãos, afirmando que existe uma área cinzenta na questão jurídica, ou seja, o setor não é regulado.
Já a Coreia do Sul está bastante focada em jogos play-to-earn (P2E) nos quais os usuários vivem economias reais dentro destes mundos virtuais. Sua preocupação é a mesma do Reino Unido, evitar que as pessoas percam dinheiro.
Especulação
Primeiramente é válido notar que ambos citam que há uma semelhança entre alguns ativos digitais e jogos de azar. Em outras palavras, algumas pessoas estão arriscando boa parte de suas finanças no desempenho de um jogo, por exemplo.
No caso da Coreia do Sul, o portal GameRant destaca que o Comitê de Gestão de Jogos do país está querendo banir todos jogos que necessitem de compras de NFTs para serem jogados. O alvo desta proibição são lojas de aplicativos como Google Play e App Store da Apple.
Nesta moeda de duas faces, podemos citar o sucesso do Axie Infinity, cujo seu token AXS subiu 18.000% em 2021. Do outro lado temos tokens de jogos que despencaram 99% em menos de um mês, evaporando as economias investidas por jogadores e investidores.
Dito isso, é importante notar que jogos com NFT podem ser divertidos e lucrativos, bem como perigosos. Apesar disso, banir não parece ser a melhor opção, talvez educar seja o caminho mais sábio.
Muito além de jogos NFT
Além de seu uso em jogos, como no caso de NFT, tokens também podem servir a vários outros propósitos, tornando a missão de reguladores uma tarefa incomoda.
Saindo da Coreia do Sul e chegando no Reino Unido, o cenário permanece semelhante porém ampliado ao debater o uso de criptomoedas por times de futebol, por exemplo.
Conforme relatado pelo iNews, políticos conservadores do país estão querendo leis mais rígidas sobre o setor em 2022. Seus motivos também citam a proteção ao consumidor de tais serviços, novamente apontando que esta indústria é altamente volátil.
Apesar disso, novamente não há nenhum indicio de intensão de educar seus cidadãos, talvez porque nem estes próprios políticos entendam do assunto. Então, por hora o seu remédio para evitar perdas são um corte na liberdade do indivíduo que não poderá tomar decisões por conta própria.