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“Se você não vendeu Bitcoin a US$ 60 mil, por que vender agora?” O que dizem os veteranos do mercado

Após alcançar o seu valor histórico de US$ 63,5 mil em meio de abril deste ano, o Bitcoin caiu quase 50%. Em meio a comentários negativos de Elon Musk e a repressão da China, o preço da moeda digital continuou caindo, dividindo mais uma vez os investidores entre os que querem vender antes que seja tarde demais e outros que acham que é hora de comprar e aumentar suas posições.

Esse com certeza é um momento difícil e que levanta muitas questões – uma delas foi levanta no reddit e contou com vários comentários de veteranos do mercado.

“Se você não vendeu em US$ 60 mil, por que vender agora?”

Postagem no Reddit questionando o porque termos “mão de alface” nesse momento, sendo que não vendemos quando o valor estava mais alto.

O questionamento expõe um dos principais sentimentos da comunidade: a de que o Bitcoin está subvalorizado e que agora não é hora de vender e sim de pensar em possibilidades de entrar no mercado. Até mesmo para aqueles que compraram a US$ 64 mil, vender agora pode ser uma má ideia.

“Eu sou um noob que comprou em US$ 60k. É, não é ideal par dizer o mínimo, mas eu não estou preocupado, já que eu tenho o benefício do tempo do meu lado. Eu não sou um trader e não tenho interesse em jogar com o mercado ou seja lá o que os outros fazem, eu compro e guardo.” , disse um dos comentaristas do post

Mas de onde vem a confiança dos investidores que acreditam que vender por pânico para tentar diminuir prejuízos é uma má ideia?

As semelhanças com a queda de 2017

Primeiro de tudo, é importante esclarecer que só porque algo aconteceu no passado não quer dizer que a mesma movimentação vai se repetir. Mas, o histórico do Bitcoin sempre foi uma das principais análises para muitos que gostam de traçar linhas em gráficos.

Com isso em mente, uma alta histórica seguida por uma queda motivada por vendas em pânico realmente soa familiar, não é mesmo? Entre 2016 e 2017 o Bitcoin teve sua primeira grande alta que o levou para o mainstream e chamou a atenção de um grande número de investidores.

O BItcoin cresceu exponencialmente, batendo o seu valor mais alto na época, alcançando impressionantes US$ 20 mil.

Preço do Bitcoin entre 2017 e 2019. CoinMarketCap

Na virada do ano o preço despencou em mais de 80% e chegou a US$ 3,6 mil no começo de 2019. O Bitcoin então estava morto. 

Mas apenas por alguns meses… antes do fim de 2019 a moeda chegaria a US$ 13 mil, e entre altas e quedas, acabaria 2020 à US$ 30 mil, e até fevereiro de 2021 já passaria dos US$ 50 mil. 

Preço do Bitcoin em Junho de 2019, Dezembro de 2020 e na máxima histórica em Abril de 2021, marcados em pontos vermelhos. TradingView.

Com essa repetição de padrão, tanto na movimentação do valor quanto no sentimento dos investidores, muitos estão esperando que o movimento volte a acontecer.

Sendo assim, quem comprou em US$ 60 e acha que “perdeu” estaria no mesmo nível de quem comprou a US$ 20 mil em 2017 e vendeu antes das recentes altas. 

Esse é o consenso não apenas dos muitos investidores que acreditam ferozmente no potencial do Bitcoin para esse período. E isso não é apenas os varejistas que acreditam, temos também grandes nomes comprando grandes quantidades desses ativos digitais.

A MicroStrategy aproveitou a recente queda para comprar 13 mil BTC pelo preço médio de US$ 37.617,00.

Ao mesmo tempo, nomes reconhecidos entre os analistas acreditam que no pior cenário possível, o Bitcoin acaba o acima dos US$ 100 mil. 

“Vender no pânico do FUD da China é o jeito mais estúpido de você perder seus Bitcoins.”  escreve Ben kaufman, programador da spectre wallet.

O outro lado também não está errado

Quando falamos em Bitcoin e investimento o assunto é sempre muito complicado, principalmente em um mercado tão volátil. Por isso, ignorar as preocupações com a queda com o Bitcoin e o que os vendedores estão alegando é irresponsável.

Atualmente a principal preocupação está na China e como o governo está reprimindo as mineradoras de criptomoedas e até mesmo outras operações. Com a China sendo responsável por uma grande parte do hashrate do Bitcoin, é entendível. 

Alguns apoiadores argumentam que com a China proibindo a mineração de Bitcoin, o hashrate será distribuído entre outros locais, aumentando a descentralização da rede, que com o tempo, através dos ajustes de dificuldade, vai se recuperar.

O mais importante aqui é pesquisar o máximo possível sobre o investimento para formar a sua própria opinião, mas em momentos assim, com certeza a ideologia do Bitcoin e até mesmo um pouco de sorte com certeza têm um papel importante.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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