A F2Pool, uma das mais famosas pools de mineração, apresentou um gráfico preocupante nesta quinta-feira (4) enquanto o Bitcoin estende suas perdas. Segundo a empresa, poucos modelos de mineradoras estão dando lucro com o bitcoin valendo US$ 55.500.
Como exemplo, alguns modelos famosos como S19 Pro+ Hyd e S19 Pro, ambos fabricados pela Bitmain, ficam apenas no empate com o Bitcoin cotado a US$ 68.030 e US$ 73.091, respectivamente. Abaixo disso, é prejuízo.
O estudo foi realizado com o preço da energia em US$ 0,08/kWh, ou cerca de R$ 0,44 em conversão direta. Portanto, pode haver variações, para cima ou para baixo, dependendo do custo energético de cada minerador.
Apenas seis máquinas de mineração são rentáveis nos preços atuais
Além da queda do Bitcoin, outro fator que está pressionando os mineradores foi o halving. Realizado em meados de abril, o evento diminui a recompensa de bloco de 6,25 para apenas 3,125 bitcoins.
Em outras palavras, descontando mudanças na dificuldade, essas máquinas estão minerando metade dos bitcoins que costumavam minerar. Isso obriga grandes mineradoras a renovarem seus equipamentos ou buscarem outras soluções, resultando em grandes vendas de BTC por essas empresas.
Segundo dados coletados pela F2P, atualmente o melhor modelo é o Antminer S21 Hyd, seguido pelo Antminer S21. A diferença entre os dois modelos fica no método de resfriamento, enquanto o primeiro utiliza radiadores com líquidos (water cooler), o segundo depende apenas do ar (air cooler) para essa função.
Outros que continuam dando lucros são Avalon A1466I, Antminer S19 XP Hyd, Antminer S19 XP e o Whatsminer M56S++. No entanto, já estão marcados como ameaçados.
O Antminer S19k Pro, por exemplo, deixou de ser lucrativo nesta sexta-feira (5) com a queda do Bitcoin se estendendo. Todos os outros modelos citados estão dando prejuízo, considerando o custo energético em US$ 0,08/kWh.
“Com o Bitcoin sendo negociado abaixo de US$ 58 mil, qual é a lucratividade atual para a mineração? Com um custo de $0,08 por kWh, ASICs menos eficientes que 23 W/T operam com prejuízo”, escreveu a F2P no Twitter.
Essa pressão já podia ser vista através de gráficos de hash rate. Após atingirem um recorde em abril, próximo ao halving, o poder computacional da rede caiu consideravelmente.
Sendo assim, mineradoras precisam atualizar seus equipamentos, ou então buscar fontes de energia mais baratas. Independente disso, vale notar que várias delas estão pivotando para o setor de Inteligência Artificial (IA), mas esse movimento está acontecendo desde quando o Ethereum abandonou a mineração por placas de vídeo.