O preço do Bitcoin está em queda no mercado, testando a região dos US$ 36 mil novamente, a menor cotação da moeda neste mês de fevereiro, ainda em US$ 36.250,00. O movimento acabou acompanhando a queda nas bolsas pelo mundo, com uma possível invasão da Ucrânia pela Rússia.
Como há um temor pela guerra, o mercado de renda variável se torna um local ruim para investidores, que arriscam perder dinheiro com investimentos em empresas, visto que com a guerra as prioridades mudam. E a tensão na Rússia-Ucrânia tem elevado esse temor nas últimas semanas, com o mundo de olho no episódio.
De qualquer forma, o ouro e petróleo estão escapando dessa tensão, com investidores apostando em commodities.
Preço do Bitcoin cai novamente e testa a região dos US$ 36 mil
O preço do Bitcoin enfrenta queda na manhã desta terça-feira (22) e começou preocupando muitos investidores, que estão acompanhando a queda nas últimas 24 horas. Com uma leve recuperação nesta manhã, a cotação do Bitcoin ainda cai 1,4% com seu valor em Dólar em US$ 37.790,00.
Mas durante o movimento forte de queda, o preço alcançou a minima de US$ 36.350,00, se aproximando da menor cotação de fevereiro que é US$ 36.250,00. Ou seja, caso perca a marca, o Bitcoin poderia testar ainda a região de menor valor de 2022, em US$ 32 mil.
E esse movimento pode estar ligado a queda nas bolsas de valores e menor aversão aos riscos. Como o Bitcoin é uma moeda de preço volátil, seu comportamento em momentos de estresse tende a ser mais marcante.
A S&P 500, por exemplo, caiu 8,76% no consolidado do ano (YTD), mas o Bitcoin registra perdas de 19%. O Ethereum é ainda pior no movimento de queda, com desvalorização de 30%.
Como proteção neste início de ano, o ouro e petróleo WTI foram algumas opções mais rentáveis, com Gold em alta de 5% e WTI de 26%.
Relação com ações de tecnologia e Bitcoin
Ao ver a queda do Bitcoin em um momento que ações também registram baixa, o entusiasta da moeda digital Tuur Demeester fez uma análise em comparação com a Nasdaq, principal bolsa que lista papéis de empresas de inovação.
Segundo ele, é comum que o Bitcoin suba em momentos que ações da Nasdaq se valorizem também, o que poderá acontecer daqui 24 meses. Ou seja, ele prevê um mercado lateral ou até com quedas nos próximos anos, mas um forte rompimento após isso.
“O Bitcoin tem um histórico de romper com as ações de tecnologia. A julgar por este gráfico, pode fazê-lo novamente nos próximos 24 meses.”
Bitcoin has a history of breaking out against tech stocks. Judging by this chart, it may do so again within the coming 24 months. #decoupling pic.twitter.com/OvhQJYnqAy
— Tuur Demeester (@TuurDemeester) February 19, 2022
Em 2022, o Nasdaq Composite já caiu 14,43%, um percentual similar a queda do Bitcoin e que pode realmente demonstrar a relação entre esse índice com a moeda digital.
Caso se confirme essa visão, é possível que o inverno cripto tenha chegado novamente no mercado do Bitcoin e também nas ações da Nasdaq, que registram comportamentos correlacionados, atualmente em tendência de baixa.