A prefeitura municipal do Rio de Janeiro indicou cinco pessoas para o comitê que discute a situação das criptomoedas na cidade, na última sexta-feira (27). Com isso, a equipe que avalia os investimentos do Rio foi reforçado.
A criação do comitê foi anunciada pelo próprio prefeito Eduardo Paes em um evento público, no qual conversava com o prefeito de Miami, Francis Suarez.
Além de anunciar a intenção de compra de criptomoedas para o tesouro local, o prefeito também disse que espera aceitar moedas digitais para pagamento de impostos. Ou seja, a adoção da cidade, uma das principais referências turísticas no Brasil, segue caminhando desde janeiro de 2022.
Prefeitura do Rio de Janeiro indica cinco pessoas para o comitê de criptomoedas da cidade
Inicialmente chamado Grupo de Trabalho para avaliar as criptomoedas, este foi logo renomeado para Comitê Municipal de Criptoinvestimentos (CMCI), instituído pelo Decreto Rio n.º 50.521/2022, no dia 30 de março.
Para qualquer ação a ser tomada, o comitê deve conhecer as diretrizes da CVM e Banco Central do Brasil sobre o tema de criptomoedas. Mesmo assim, os membros deste deverão analisar o mercado de moedas digitais e entender sobre os riscos e oportunidades presentes no setor.
Além disso, o CMCI deve avaliar os riscos de administração, custódia e tecnológico das criptomoedas, assim como suas opções de investimentos.
Para isso, servidores da prefeitura que estejam na Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP), na Procuradoria Geral do Município (PGM) e na Agência de Fomento do Município do Rio de Janeiro S.A. (INVEST.RIO) devem se responsabilizar pelas estratégias.
Na última sexta, cinco pessoas foram nomeadas para participar do comitê, três da SMFP e duas do Invest.Rio. Dessa forma, o Comitê ganha mais força na análise das criptomoedas e mostra que segue buscando oportunidades para que a capital do Rio de Janeiro entre no espaço com maior segurança.
Estado do Rio já observa o assunto de perto
Nos últimos dias, chamou atenção que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) organizou um evento sobre criptomoedas para o público em geral interessado no assunto.
Dessa forma, fica claro que não só a capital está interessada no assunto, como também um órgão importante do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Este governo já viu surgir muitas propostas neste setor em municípios, mas ainda não havia se mostrado interessado em acompanhar o debate.
Vale lembrar que Maricá, outra cidade do estado, já havia aprovado uma lei para imposto diferenciado de criptomoedas sustentáveis no final de 2021, mostrando também ter interesse no assunto. Essa cidade é referência mundial com uso de sua moeda digital social, a Mumbuca.