O presidente executivo do Bradesco no Brasil descartou qualquer lançamento de uma corretora de criptomoedas no país, afirmando que esse sempre será um mercado pequeno. A fala vem após grandes concorrentes anunciarem planos no setor, que movimentou bilhões de reais nos últimos anos.
Um dos concorrentes que chegou ao mercado é o Nubank, cuja missão é facilitar o acesso financeiro para seus clientes e enfrenta os chamados “bancões”.
Outra com a mesma missão é a XP Investimentos, que anunciou a criação da Xtage para que seus clientes negociem Bitcoin e outras criptomoedas. O BTG Pactual também já se posicionou como prestador de serviço com criptomoedas, ao lançar a Mynt.
O Santander Brasil quer lançar sua própria corretora de criptomoedas ainda em 2022, disse seu CEO no mês de julho.
No mundo todo, grandes bancos começam a olhar para as criptomoedas e lançar soluções para manter seus clientes “em casa”, mas este não parece ser uma preocupação do Bradesco.
Presidente do Bradesco considera mercado de criptomoedas pequeno e descarta lançar corretora própria
Nem todos os bancos e fintechs planejam lançar suas próprias corretoras de criptomoedas para clientes negociarem esses ativos. Pelo menos não no curto prazo.
Em uma entrevista ao NeoFeed, o presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior disse acreditar que os bancos menores não devem superar as grandes instituições de varejo.
Além disso, Lazari acredita que o mercado de criptomoedas é pequeno e sempre será. Dessa forma, o presidente do Bradesco descartou qualquer lançamento de uma corretora de criptomoedas no curto prazo, indicando que para isso ocorrer, muito tem que mudar no futuro.
Caso os clientes queiram operar criptomoedas pelo Bradesco, ele disse que a Ágora, seu braço de investimentos, atua com uma empresa parceira no setor e pode ser uma opção.
“Estou falando que agora não, mas se esse mercado mudar no futuro, pode ser que a gente estude.”
“Criptomoedas se dividem em três pilares”, disse executivo ao confirmar planos com tokenização
Octavio de Lazar dividiu o mercado de criptomoedas em três pilares. Um deles é o de criptoativos, classe que ele considera arriscada, pequena e da qual o Bradesco não tem planos.
As outras duas são tokenização e CBDCs, ambas das quais o Bradesco tem interesse e está atento. Com relação à tokenização, o presidente lembrou que já estão sendo realizados projetos com debentures pela instituição.
Além disso, as CBDCs serão as novas stablecoins em sua visão, criadas pelo Banco Central do Brasil e é uma tecnologia “que está para nascer”.
É importante lembrar que apesar do recuo do Bradesco em lançar sua corretora de criptomoedas ou qualquer projeto no setor, uma de suas marcas, a ELO recentemente abriu uma chamada para startups que criam soluções com essas tecnologias, indicando que deve utilizar essas.