Presidente do JPMorgan diz que criptomoedas são “irrelevantes”

Pinto destaca que tanto a tecnologia quanto os conceitos por tras das criptomoedas vieram para ficar, mas que hoje, em sua forma atual, elas não são uma realidade.

Em conversa com a CNBC, publicada nesta segunda-feira (24), Daniel Pinto comentou sobre o aumento da taxa de juros dos EUA, recessão, cisnes negros e, claro, sobre criptomoedas.

É notável que o presidente do JPMorgan, maior banco de investimento do mundo por receita, possui opiniões fortes sobre todos os temas acima. Sobre as criptomoedas, por exemplo, Pinto acredita que elas são pequenas e irrelevantes.

De qualquer forma, vale lembrar que o Banco possui investimento na área, como em empresas de rastreamento de transações e até mesmo através de sua própria cripto, a JPMCoin.

Fed precisa continuar aumento a taxa de juros, diz presidente do JPMorgan

Enquanto alguns players acreditam que a política monetária do Fed pode colocar a economia em recessão, Daniel Pinto aponta que o aumento da taxa de juros é necessária.

“É por isso que quando as pessoas dizem que ‘o Fed está muito hawkish‘, eu discordo”, comentou Daniel Pinto, presidente do JPMorgan, “Acredito que colocar a inflação de volta em uma caixa é muito importante. Se causar uma recessão um pouco mais profunda por um período, esse é o preço que temos que pagar.”

Os últimos dados apontam que a inflação americana ainda está em 8,2% ao ano após um aumento mensal de 0,4% em setembro. Entretanto, o Fed está lutando para chegar aos 2% ao ano, uma meta ainda distante.

Seguindo, o executivo aponta que os mercados ainda não chegaram ao seu fundo, já que a taxa de juros deve subir até 5%, segundo Pinto, causando ainda mais desgaste na economia.

Sobre cisnes negros, ou seja, eventos tão raros que nem sequer são cogitados, o presidente do JPMorgan deu destaque a geopolítica, ou seja, guerras, mas torce para que isso não aconteça.

Criptomoedas são irrelevantes, diz Daniel Pinto

Em relação as criptomoedas, a opinião do presidente do JPMorgan é semelhante a de Jamie Dimon, CEO do mesmo banco. Entretanto, enquanto Dimon as classifica como esquemas Ponzi, Pinto é menos polêmico, mas ainda crítico.

“A realidade é que a atual forma das criptomoedas se tornou uma pequena classe de ativos que é meio irrelevante no esquema das coisas.”

Mesmo assim, vale notar que o Bitcoin possui um valor de mercado de R$ 1,98 trilhão, acima do próprio JPMorgan, que está avaliado em R$ 1,9 trilhão. Além disso, não estamos citando outras criptos, que colocariam este número em R$ 5 trihlões.

Bitcoin é maior que o JPMorgan, mas seu presidente acredita que as criptomoedas são meio irrelevantes.

Finalizando, Pinto destaca que tanto a tecnologia quanto os conceitos por tras das criptomoedas vieram para ficar, mas que hoje, em sua forma atual, elas não são uma realidade.

Por fim, vale notar que o banco investiu em uma empresa de rastreamento de criptomoedas em maio deste ano. Além disso, também criaram sua própria criptomoeda, a JPMCoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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