Cameron Winklevoss, cofundador da corretora de criptomoedas Gemini, prevê que a próxima corrida de touros do mercado de criptomoedas começará no mercado asiático e os EUA ficarão para trás.
Winklevoss afirmou em uma postagem no Twitter que enquanto os reguladores dos EUA aumentam as represálias contra as principais empresas do setor, o país perde a oportunidade de ser uma parte fundamental da futura infraestrutura financeira do mundo.
Os comentários de Winklevoss acontecem após a indústria de criptomoedas enfrentar uma pressão regulatória crescente desde o início do ano, o que gerou uma discussão sobre se o governo dos EUA está tentando secretamente reprimir toda a indústria.
“Minha tese de trabalho é que a próxima corrida de touros começará no leste. Será um lembrete humilhante de que as criptomoedas são uma classe de ativos globais e que o Ocidente, e mais especificamente os EUA, sempre teve apenas duas opções: abraçá-la ou ficar para trás. Este processo não pode ser interrompido. Estamos perdendo a oportunidade de ser uma parte fundamental da futura infraestrutura financeira deste mundo”, tuitou Winklevoss.
My working thesis atm is that the next bull run is going to start in the East. It will be a humbling reminder that crypto is a global asset class and that the West, really the US, always only ever had two options: embrace it or be left behind. It can't be stopped. That we know.
— Cameron Winklevoss (@cameron) February 19, 2023
Cameron Winklevoss
Cameron Winklevoss é um empreendedor e investidor americano, mais conhecido por ser cofundador, juntamente com seu irmão gêmeo Tyler Winklevoss, da corretora de criptomoedas Gemini.
Os irmãos Winklevoss ficaram famosos em 2004, quando processaram Mark Zuckerberg, alegando que ele roubou sua ideia para criar o Facebook. A história foi contada no filme “A Rede Social” de 2010.
Desde então, os irmãos Winklevoss se tornaram conhecidos por seus investimentos em criptomoedas e por promover a regulação e o uso responsável dos ativos digitais.
EUA reprimem indústria de criptomoedas
Os EUA estão reprimindo o mercado de criptomoedas através de uma série de ações coordenadas, por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) planeja proibir os serviços de staking de criptomoedas, de acordo com o CEO da Coinbase.
O movimento foi classificado por Jake Chervinsky, diretor de políticas da Blockchain Association, como “um erro extremo na política dos Estados Unidos”.
Além disso, a SEC iniciou uma investigação contra a Kraken, uma das maiores corretoras dos Estados Unidos, alegando que a empresa estava supostamente ofertando valores mobiliários não registrados a clientes norte-americanos.
No início deste mês, bancos dos EUA foram pressionados a cortar laços com empresas de criptomoedas e mineradores de Bitcoin foram obrigados a relatarem o consumo de energia de suas operações.
Ainda que não seja um ataque direto ao Bitcoin, os esforços do governo dos EUA para reprimir o mercado estão cada vez mais claros.