A próxima eleição, marcada para 2022, terá provavelmente o uso da tecnologia blockchain e do celular para votação. No último dia 15 de novembro aconteceu a eleição para prefeito e vereador no Brasil ainda com urnas eletrônicas.
Na data, vários testes foram realizados por várias empresas de tecnologia. Algumas já aproveitaram para mostrar a tecnologia do Bitcoin, a blockchain, em aplicações de votação.
Chamada até de protocolo da confiança, a blockchain tem sido utilizada em vários países. Mesmo assim, a eleição de 2020 marca o primeiro teste público da tecnologia em dia de eleição.
Em 2022, os brasileiros voltarão às urnas para votar para presidente, deputados, senadores e governadores. O desafio é encontrar uma alternativa segura a urna eletrônica até lá.
Próxima eleição deverá ter uso da tecnologia blockchain e até voto por celular
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) testou, no último domingo, alternativas a urna eletrônica. Com uso da tecnologia blockchain, as alternativas seriam uma maneira de avançar no processo de digitalização do voto.
Cabe o destaque que recentemente o presidente Jair Bolsonaro voltou a sugerir o voto por cédulas impressas. Contudo, para o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, os mecanismos eleitorais serão constantemente aprimorados.
No Brasil hoje, as urnas eletrônicas são os dispositivos que dão acesso à votação. No entanto, a cada eleição 20% das urnas precisam ser substituídas, gerando gastos de R$ 1 bilhão.
Com objetivo de baratear as eleições no país, o TSE conheceu alternativas no último dia 15. As empresas que demonstraram suas soluções deveriam garantir o sigilo do voto, segurança e eficiência. Mesmo assim, não houve nenhuma restrição de tecnologia, para deixar as empresas livres para realizar suas demonstrações.
Uma das cidades que teve apresentações foi Valparaíso de Goiás, a 32 quilômetros de Brasília. Na cidade, quatro empresas demonstraram aplicações para melhorar as eleições do Brasil, inclusive a blockchain.
“Na cidade goiana, representantes da GoLedger explicaram que o seu aplicativo apresenta blockchain (tecnologia de registro totalmente confiável) para, entre outros objetivos, gerar uma “cédula digital”. Já os integrantes da RelataSoft destacaram que o aplicativo da empresa funciona com a identificação facial”, afirmou o TSE em nota.
Representantes das empresas se mostraram animados com apresentação de soluções
De acordo com o Poder 360, que conversou com as empresas que testaram soluções, o momento é importante. O presidente da RelataSoft, Leonardo Cunha, afirmou que a tecnologia blockchain deverá ajudar muito o TSE na modernização da eleição brasileira.
Para ele, enquanto a urna envia os dados para 1 local, com a blockchain vários locais poderiam receber os dados e validar a eleição. Ele acredita que a urna não é 100% segura, assim como a blockchain poderia não ser, mas a tecnologia consegue se adaptar aos riscos facilmente.
A eleição poderia usar a tecnologia 5G e de reconhecimento facial também, garantindo mais segurança ao processo. O presidente da RelataSoft afirmou que nem o Titanic, nem as Torres Gêmeas eram 100% seguras, logo até a urna é suscetível a falhas.
A GoLegder afirmou que pretende usar a blockchain para garantir o sucesso da eleição. Na aplicação chamada de GoVote, seriam utilizados três blockchains para garantir a privacidade do eleitor e, então, o resultado correto da eleição.
Com a apresentação de 26 projetos, o TSE passa a estudar a modernização do processo eleitoral brasileiro. Por fim, todas as apresentações foram feitas sem custos para a justiça brasileira.