“Russos devem correr para sacar criptomoedas”, dizem especialistas

Exchanges, carteiras de criptomoedas, pools de mineração e plataformas similares devem acompanhar os requisitos dos reguladores.

Recentemente a Rússia demonstrou sinais de que poderia estar inclinada a usar criptomoedas para aliviar as sanções econômicas contra o seu governo, o que possivelmente motivou uma recente sanção da União Europeia contra as criptomoedas no país.

De acordo com o ForkLog, pessoas envolvidas com o mercado de criptomoedas na Rússia acreditam que essa proibição, parte do oitavo pacote de sanções contra o país, será bem mais sério que o inicialmente esperado.

Com a nova sanção, todas os serviços financeiros centralizados registrados na UE estão sujeitos às novas proibições. Sendo assim, exchanges, carteiras de criptomoedas, pools de mineração e plataformas similares devem acompanhar os requisitos dos reguladores.

A lei não permite que eles operem de forma diferente, como ressaltou Andrey Tugarin, sócio-gerente da GMT Legal, uma empresa russa de consultoria jurídica.

“Muitas exchanges receberam licenças para operar na UE e, portanto, muito provavelmente, serão forçadas a cumprir as novas sanções. Eu recomendaria que os proprietários de criptomoedas pensassem em retirar seus fundos dessas plataformas.”

Mikhail Chobanyan, fundador da exchange ucraniana Kuna, também falou sobre a situação, afirmando que para as maiores exchanges do setor o mercado russo não é tão expressivo (ou importante) quanto o resto da Europa e por isso as sanções serão aplicadas.

Binance pode ser uma esperança para os investidores

Chobanyan falou que talvez uma das esperanças dos investidores seja a Binance, que pode demonstrar certa resistência de se retirar do mercado russo, como ela já fez no passado, isso pode representar um intermediário fundamental para que investidores da Rússia consigam negociar criptomoedas, mas não é algo que durará muito tempo.

“a Binance também se recusará a trabalhar com a Rússia, porque o mercado da França ou da Itália , onde recentemente recebeu uma licença, é muito mais importante de forma puramente economica.”

Sendo assim, não demorará muito para que muitos dos investidores do país acabem perdendo acesso a todos os seus investimentos e possivelmente economias de anos. Mas, ainda é possível contar com a descentralização.

Exchanges descentralizadas podem resolver o problema?

O fundador da Kuna também disse acreditar que sob as atuais condições, os clientes russos mais avançados dentro do mercado de exchanges centralizadas começarão a mudar para as descentralizadas (DEX) que, em teoria, não podem ser censuradas.

Infelizmente, o restante dos usuários, especialmente aqueles que ainda estão no território da Federação Russa, estarão “em total isolamento”. Mas isso apresenta uma oportunidade de crescimento para o setor no país, enquanto ninguém desagrada às sanções.

“Em princípio, a situação é vantajosa para os dois lados. Em primeiro lugar, a possibilidade de contornar as sanções com a ajuda de criptomoedas está bloqueada e, em segundo lugar, o desenvolvimento de protocolos, carteiras e outros serviços descentralizados está sendo estimulado pela sanção”, acrescentou Mikhail Chobanyan.

Sergey Mendeleev, CEO do Indefiban, vê a solução vinda de outros locais, principalmente das corretoras com licenças asiáticas e que no fim das contas, as sanções não terão tanto impacto, já que o mercado russo não era tão forte para as corretoras europeias.

“Pessoalmente, não me importo, embora esteja acostumado com a Binance, mas também vou me acostumar com qualquer outra exchange. As criptomoedas foram inventadas apenas para resistir a proibições idiotas.”

Ele argumenta que os investidores ainda terão como alternativa, as soluções e corretoras asiáticas, como por exemplo, a Cryptorg. O especialista tem certeza de que em geral, o trabalho com criptomoedas para usuários russos não mudará. 

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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