Nos últimos dias, o banco Santander levou a pior na justiça contra uma corretora de criptomoedas e recorreu da decisão. Conforme divulgado pelo Livecoins, o caso envolve uma quantia de quase R$ 700 mil.
Tudo começou quando um cliente recebeu um telefonema de um gerente da instituição para ir até a uma agência. Com a conta no aplicativo bloqueada instantes antes da ligação, o cliente concordou em ir até a agência para resolver o problema.
Contudo, ao chegar até o local, ele digitou a senha no computador do gerente de sua conta e após isso, sua conta foi restaurada. Após isso, ele teve extraviado de sua conta um valor de R$ 680 mil, enviado para uma corretora de criptomoedas.
Toda a quantia acabou sendo convertida em Tether e sacada para carteiras em posse do cliente. No processo movido pelo Santander contra a corretora, o juiz que analisou o caso suspeitou que o gerente do Santander era o culpado, dando ganho de causa a corretora.
Santander recorreu contra corretora de criptomoedas, perdendo novamente
Após a decisão do juiz contra o Santander, entendendo que a corretora não tinha culpa pelo sumiço de R$ 680 mil que viraram criptomoedas, o banco foi condenado a pagar as custas do processo.
Além disso, o valor que havia sido bloqueado via SISBAJUD das contas da corretora, o juiz do caso mandou liberar para a empresa de criptomoedas, o que revoltou a defesa do Santander.
Assim, o banco entrou com uma ação na justiça de São Paulo de Efeito Suspensivo à Apelação. Ou seja, o banco requereu que o valor arrestado permanecesse assim até que fosse finalizado todas as apelações no caso.
“Requer seja deferido o efeito suspensivo à apelação paradeterminar a suspensão da ordem de desbloqueio da quantia arrestada viaSisbajud, até o julgamento da apelação.”
Mas ao analisar o caso, o juiz relator do TJSP disse que não concordava com o que o banco disse em seu pedido liminar. Isso porque, o Santander argumentou que o arresto só poderia ser liberado após o julgamento da apelação, mas a defesa do banco nem protocolou ação de apelação no processo.
“No caso em questão, não foi ainda interposto recurso de apelação o que impossibilita o conhecimento do pedido. Pelo exposto, NÃO CONHEÇO do presente pedido”.
O caso mostra que o banco perdeu novamente para uma corretora de criptomoedas desconhecida e dificultou a resolução do problema, visto que acusa a empresa ré de ser parte do esquema que levou R$ 680 mil de um dos clientes do banco.
Apesar do novo revés, é possível que o Santander prepare mais processos contra a corretora, em forma de apelação contra as decisões negativas para o banco.