O São Paulo Futebol Clube utilizou as criptomoedas para realizar a contratação mais cara de sua história, que é do meio-campista argentino Giuliano Gallopo. Isso mostra que as moedas digitais descentralizadas seguem crescendo como meio de pagamento, com destaque para operações internacionais.
Este clube já havia se aproximado das criptomoedas nos últimos anos, primeiramente com o lançamento de seu fan token, o $SPFC em parceria com a Socios.
No início de 2021, contudo, o São Paulo foi o primeiro clube brasileiro a aceitar criptomoedas como meio de pagamento por torcedores que desejam ir assistir aos jogos em seu estádio, o Morumbi.
Corretora ajuda São Paulo a contratar jogador utilizando criptomoedas
Em valores absolutos, o São Paulo anunciou a contratação do jogador mais caro de sua história, o argentino Giuliano Gallopo, que foi anunciado na última terça-feira (26) oficialmente.
O jogador de 23 anos pertencia ao Banfield, da Argentina, e assinou contrato por cinco anos, até junho de 2027. Esse reforço ficará a disposição do técnico Rogério Ceni para as disputas do Brasileirão, da Copa do Brasil e da CONMEBOL Sul-Americana, divulgou o São Paulo.
Em sua chegada, o jogador se mostrou feliz de fazer parte da história do clube paulista, agradecendo a torcida pelo apoio.
“A torcida do São Paulo me mandou muitas mensagens pelas redes sociais. A verdade é que é um clube gigante, com a história de ser tricampeão mundial. Isso é algo que se fala muito, é algo que se associa imediatamente com o São Paulo: o tricampeão mundial. Tenho muita vontade de colocar essa camisa e dar o melhor. Creio que é um passo muito importante na minha carreira e vou doar tudo para conseguir coisas importantes com a equipe.”
Contudo, o que mais chama atenção na chegada do reforço é o modo como o argentino veio para o Brasil. Isso porque, a corretora Bitso, patrocinadora do São Paulo, utilizou criptomoeda para ajudar o clube a trazer o seu novo reforço, sendo o primeiro caso de uma transação do tipo na América Latina.
Em nota ao Livecoins, Thales Freitas, CEO da Bitso no Brasil, destacou que esse é um momento histórico para o futebol sul-americano.
“Este é um momento histórico para a Bitso, o São Paulo e o futebol sul-americano. Nossa principal missão junto ao SPFC é contribuir para a maior modernização, digitalização e inclusão no esporte brasileiro, e este é mais um passo importante nesta direção. Estamos muito orgulhosos em trabalhar com os dois clubes para viabilizar a contratação com toda segurança, transparência e flexibilidade que a criptoeconomia oferece.”
Clubes de dois países sul-americanos negociaram via criptomoeda stablecoin
Para contratar o jogador, o São Paulo Futebol Clube utilizou a corretora parceira para enviar os valores ao Club Atlético Banfield, que criou uma conta na plataforma diretamente da Argentina. Apesar do valor da transação não ser confirmado publicamente, o Livecoins apurou que a criptomoeda utilizada na transação foi a stablecoin USDC.
O envio de valores foi feito em criptomoedas e entra para a história como a primeira contratação do São Paulo com esse novo meio de pagamento.
Nos últimos meses, essa plataforma havia ajudado o Tigres do México a vender a jogadora brasileira Stefanny Ferrer para o Angel City dos EUA, quando o pagamento também foi realizado via criptomoedas. Ou seja, o futebol mundial já começa a entender as vantagens das moedas digitais descentralizadas como meio de pagamentos e a adoção já chega ao país do futebol.