A maior corretora de Bitcoin do mundo, a Binance, possui diariamente um grande volume de operações e alguns países da Ásia são responsáveis pela grande movimentação da plataforma.
Contudo, há um movimento crescente no mundo contra as operações dessa empresa, mesmo na região onde ela foi criada.
Na Malásia, por exemplo, seu funcionamento está proibido. Isso se deu após autoridades locais mandarem a população sacar suas criptomoedas. O problema, na visão do órgão regulador, foi o funcionamento da corretora sem autorização.
Agravando a situação, recentemente ela recebeu um alerta das autoridades de Singapura — o que pode indicar mais pressão regulatória sobre a empresa no país.
Nos últimos dois meses, a pressão internacional contra a corretora tomou grandes proporções a ponto do seu CEO, o CZ, cogitar deixar o cargo para melhorar a visão da empresa perante os reguladores.
Novo alerta contra Binance parte das autoridades de Singapura, entenda
A Autoridade Monetária de Singapura (MAS) emitiu um alerta para a corretora Binance na última quarta-feira (1), após receber informações sobre seu funcionamento no país.
Após comunicado, ela foi incluída na temida “Lista de Alerta do Investidor“, criada pela autoridade para alertar contra negócios não regulamentados no país e que estejam operando de forma ilegal.
A lista informa, ainda, que essas empresas podem até passar a impressão de serem regulamentadas, mas é mentira.
“A Lista de Alerta do Investidor fornece uma lista de pessoas não regulamentadas que, com base nas informações recebidas pela MAS, podem ter sido erroneamente consideradas licenciadas ou regulamentadas pela MAS. Esta lista não é exaustiva e baseia-se no que era conhecido do MAS na altura da publicação.”
O caso mostra que após, forte pressão sofrida nos meses de julho e agosto, a pressão contra a empresa continua em alta no mês de setembro.
Quais outros países já fizeram pressão sobre a Binance?
Além da Malásia e Singapura, a própria China, local de sua origem, não permite que a Binance opere no país para trocas entre criptomoedas e moedas fiduciárias.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já impediu a corretora de ofertar produtos de futuros. Recentemente, a empresa acatou a regulação brasileira e parou de permitir que os brasileiros acessem futuros e derivativos na sua plataforma com idioma em português.
A Europa também não ficou de fora das acusações: Reino Unido, Holanda, Itália — e alguns outros países do local — já fizeram alerta anteriores contra a ela, confirmando que os últimos meses foram agitados para o negócio.
Piorando a conjuntura, cabe falar que está proibido negociar na Binance sem identificação — medida que foi tomada as pressas para acalmar os reguladores, uma vez que seguem impondo medidas restritivas para a exchange.