Segundo o bilionário mexicano Ricardo Salinas, todos “somos vítimas da fraude fiduciária”, devendo comprar Bitcoin para escapar dessas garras que conduzem a pobreza.
Figurando entre os três mais ricos do México em listas de bilionários, Ricardo é o primeiro bilionário mexicano a dar apoio ao bitcoin como moeda. Segundo ele, em uma entrevista recente, o Bitcoin é certamente melhor que o ouro e suas lojas já aceitam a moeda digital como meio de pagamento.
Ou seja, ele entende que o bitcoin cumpre as funções básicas de dinheiro, ao ser uma reserva de valor e meio de pagamento inovadores. Mas segundo sua participação no Bitcoin 2022, seu entendimento sobre o assunto vai além dessa simples compreensão.
Uma realidade vista nos últimos dias pela comunidade que acompanha o evento Bitcoin 2022 é que essa tecnologia é o destaque unânime, desde bilionários a pessoas comuns.
No caso dos bilionários, o evento contou com a participação de Michael Saylor, Ricardo Salinas, entre outras figuras mais, dando o tom de que muitos estão interessados na tecnologia. Saylor, o CEO da MicroStrategy, chegou a declarar que após o evento vai focar mais em Bitcoin.
“Todo o talento ⚡️ e paixão 🧡 em TheBitcoinConf me fizeram perceber que preciso focar mais em Bitcoin.”
E essa é uma visão compartilhada pelo bilionário mexicano, que chegou a pedir que as pessoas presentes no evento comprem Bitcoin e vendam suas altcoins. Vale o destaque que o market cap das criptomoedas, segundo o CoinGecko, mostra que o Bitcoin detém apenas 39% do valor de mercado avaliado em US$ 2 trilhões.
Para Ricardo Salinas, essa visão é importante visto que “fomos vítimas da fraude fiduciária durante todo o século“. Assim, ele indica que as moedas nacionais emitidas por bancos centrais são um problema que deve ser enfrentado antes que os mais pobres sejam exterminados.
Há séculos o Estado se desvincilhou da religião, em um movimento que retirou o controle religioso da população e deixou que cada pessoa siga sua crença individual. Contudo, com o dinheiro isso não é possível ainda, visto que a moeda estatal é comumente tratada como “curso forçado”.
E Ricardo Salinas traçou esse paralelo em sua palestra no evento, indicando que a religião fiduciária tem sacerdotes grandes em sua defesa, que não aceitam hereges, ou seja, pessoas que discordam de seus sistemas.
“Esta religião fiduciária tem seus sumos sacerdotes, e você pode vê-los ali mesmo. E sua religião não é tolerante. Eles odeiam qualquer um que seja um herege. Há muitos hereges nesta sala agora.”
O bilionário falou que o próximo passo do controle estatal financeiro sobre as pessoas já tem até nome, que é a CBDC, no Brasil chamada de Real digital. Para ele, essas moedas digitais de bancos centrais será ainda pior que o Dólar, devendo as pessoas comprarem bitcoin.
Para seu patrimônio pessoal, ele já adquiriu 60% dos seus estimados US$ 12 bilhões em Bitcoin, informação revelada também durante o evento.
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