Imagine um universo alternativo em que Vitalik Buterin, o co-fundador do Ethereum – segunda criptomoeda mais importante do mundo – nunca tivesse criado a plataforma de contratos inteligentes porque estava ocupado demais com seu estágio na criptomoeda ultra centralizada da Ripple.
O ranking de criptomoedas por capitalização de mercado seria muito diferente, mas quantos outros eventos teriam sido afetados por essa mudança? “Felizmente”, o Departamento de Trabalho dos EUA recusou um pedido de visto de Vitalik – e o curso da história foi em outra direção.
Uma reportagem sobre o empreendedor chinês Eric Yuan revela que, depois de ter seu pedido de visto para os EUA recusado 8 vezes, ele ainda chegou ao país para se tornar o maior acionista da empresa de serviços de videoconferência Zoom Video Communications (e bilionário). Vitalik aproveitou para contar sua própria história.
O co-fundador da plataforma Ethereum disse no Twitter que tentou ser estagiário da Ripple em 2013 (antes de criar a ETH), mas teve seu visto recusado.
https://twitter.com/VitalikButerin/status/1119148572107165696
Vitalik então foi para o Canadá para satisfazer sua necessidade de trabalhar em projetos blockchain e publicou o whitepaper da Ethereum no final de 2013.
Ainda em 2013, Vitalik escreveu um artigo onde elogiou a Ripple: “No geral, o que a Ripple realizou é impressionante. Com a Ripple, temos uma maneira de enviar, receber e manter qualquer moeda – não apenas uma criptomoeda específica – em um sistema descentralizado.”
Na comunidade, a reação das pessoas ficou dividia, enquanto alguns agradecem os Estados Unidos por ter barrado a entrada de Vitalik no país, outros dizem que isso é um exemplo básico de como a política de imigração é um “exemplo básico de toxidade para a economia … Vitalik pode ser apenas um exemplo, mas isso mostra um problema mais profundo de pessoas talentosas sendo incapazes de explorar oportunidades no mercado dos EUA.“