A companhia Xiaomi quer se envolver com o Bitcoin, tecnologia de pagamentos descentralizada que recebeu um grande impulso em sua adoção nos últimos meses.
No início do mês de agosto, a Xiaomi começou a aceitar Bitcoin como meio de pagamento em sua loja oficial de Portugal. Contudo, com a repercussão do caso, a loja acabou recuando e informando aos clientes que não havia sido autorizada pela matriz a fazer esse movimento.
Mesmo assim, a semente já havia sido plantada e os clientes da marca esperam poder comprar equipamentos com suas criptomoedas. Atrás apenas da Samsung no segmento de smartphones, segundo estudo da Canalys, essa foi a empresa que mais cresceu no segundo trimestre de 2021.
A Samsung, gigante sul-coreana, já tem uma divisão de criptomoedas que desenvolve carteiras para seus usuários, sendo pioneira entre as grandes marcas do setor.
De acordo com uma entrevista produzida pelo The Economic Times com Manu Kumar Jain, VP Global da empresa Xiaomi, a marca está crescendo sua divisão de pagamentos.
O foco da empresa é criar mais soluções financeiras para seus clientes, como empréstimos e seguros, principalmente. E os clientes estão reagindo bem aos novos produtos da marca no setor, que teve um aumento de 95% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao final de 2020.
O negócio acabou abalado devido à segunda onda da pandemia, mas tem mostrado potencial de crescimento. Assim, a empresa com foco na produção de eletrônicos, com os maiores mercados consumidores na Índia, China e Hong Kong, agora mira agregar mais funcionalidades de pagamentos.
Serviços de planos de saúde e até seguros contra fraudes cibernéticas começaram a ser vendidos pela Xiaomi, em parceria com uma empresa. Todos os serviços financeiros da marca hoje contam com a participação de bancos e instituições do setor.
O chamado Mi Pay, por exemplo, já conta com 50 milhões de usuários cadastrados só na Índia, com um crescimento acelerado.
Em relação ao Bitcoin, Jain afirmou que esse é um setor ainda nebuloso para que a Xiaomi comece a trabalhar agora, devido aos temores com a regulamentação. Mesmo assim, ele não descarta o envolvimento da empresa com esse setor, que é a palavra da moeda em 2021.
“Vamos querer esperar por todas as coisas regulatórias. Obviamente, cripto é uma área extremamente interessante, a maior palavra da moda e está indo excepcionalmente bem. Mas gostaríamos de entender mais sobre o lado da regulação”.
Em maio, a Apple chamou a atenção do mundo ao anunciar pela primeira vez a contratação de um especialista em criptomoedas, mostrando que as empresas de tecnologia estão cada vez mais buscando experimentar esse setor.
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