Se bitcoin cair mais 20%, mineradores podem começar a ter prejuízo, diz analista

Se preço cair até US$ 34 mil situação pode ficar preocupante, segundo indicador.

Os mineradores de Bitcoin ainda podem aguentar a queda do mercado por mais algum tempo, antes de desistirem totalmente, segundo um analista. Essa visão tem relação com a prática de empresas de mineração que não estão vendendo a maior parte de suas novas moedas.

Isso porque, com a alta do Bitcoin, os mineradores estão operando em uma boa margem de lucro, mas esperando ainda mais.

Dessa forma, as carteiras de mineração seguem no positivo e criam até uma sensação de superciclo, que pode durar mais com uma recuperação do preço do Bitcoin.

Mineradores aguentam uma queda de 20% no preço do Bitcoin? Analista acredita que sim

O preço do Bitcoin voltou a cair nesta terça-feira (18), com cada moeda sendo cotada em US$ 41.600,00. Com esse movimento, o Bitcoin desvaloriza em relação ao Dólar 8,84% em 2022, considerando seus primeiros dias de negociação.

Em Real brasileiro, a queda do Bitcoin é um pouco maior, visto que o Dólar perdeu força frente o BRL, com o bitcoin caindo 10,78% no país, segundo informações do Mercado Cripto Brasileiro.

Apesar de esta ser uma queda expressiva e preocupante, um analista buscou saber se os mineradores estão sob pressão. Isso porque, as maiores quedas do mercado aconteceram em momentos que esses atores desistiram de manter suas moedas e venderam todas elas.

Dessa forma, o perfil “Venture Founder” utilizou um estudo que se baseia no custo de produção dos mineradores na rede Bitcoin para buscar entender se eles estão sob pressão. Como eles estão pagando atualmente US$ 34 mil pela produção das moedas em média, o preço do Bitcoin está cerca de 20% acima.

Ou seja, antes de desistir, os mineradores aguentariam, teoricamente, uma queda de até 20%, momento em começariam a ter prejuízos e provavelmente venderiam suas moedas para custear sua produção.

O que é esse indicador de Custo de Produção do Bitcoin?

Em uma publicação em 2019, Charles Edwards publicou sua visão sobre o indicador Custo de Produção do Bitcoin. Para chegar a uma equação, ele estimou que os mineradores tem gastos com energia como o principal impacto em seus negócios.

Mesmo assim, essa é uma atividade que foi historicamente muito lucrativa, visto que o Bitcoin se valorizou milhares de vezes no mercado. Além disso, o conceito desse indicador não leva em conta as taxas de transações que os mineradores obtém com a atividade.

Apesar de promissor para entender o custo de produção, este modelo tem uma falha que foi apontada pelo criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, ainda em 2010. Em uma conversa pelo Bitcoin Talk, Satoshi disse que se basear no custo de produção é interessante, mas no futuro isso tende a diminuir com os halvings cortando a oferta de moedas no mercado.

“Em anos posteriores, quando a geração de novas moedas é uma pequena porcentagem da oferta existente, o preço de mercado ditará o custo de produção mais do que o contrário.”

Vale lembrar que a mineração de Bitcoin é feita por máquinas especiais de processamento gráfico, que são responsáveis por encontrar e validar transações e novos blocos na rede, em média, a cada dez minutos, obtendo uma recompensa por isso.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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