Chamado EthereumPhone, ou apenas ethOS, este sistema operacional para smartphones permite uma integração direta com o ecossistema Ethereum e promete ser a próxima revolução em sistemas mobile.
Em sua mais recente versão, a 2.1, lançada há poucas semanas, é possível encontrar uma carteira nativa de Ethereum, obviamente, onde também é possível alternar entre outras blockchains.
Conforme hoje a blockchain completa do Ethereum tem cerca de 1 terabyte (TB), os desenvolvedores optaram pelo uso de um Light Node para se conectar a rede. Ou seja, a segurança é um pouco menor do que um Full Node, mas já é suficiente para a maioria dos usuários.
“Um Light Node é um node de Ethereum leve e com menos recursos que, em vez de baixar todos os blocos, baixa apenas os cabeçalhos dos blocos contendo um resumo das informações contidas”, explica o site do projeto. “Se um light node precisar de informações adicionais contidas em um bloco, ele deve solicitá-las a um Full Node.”
Além disso, o sistema operacional apresenta outros aplicativos úteis para quem vive no ecossistema do Ethereum. Como exemplo, há um aplicativo nativo para cunhar seus próprios NFTs.
Em quais smartphones o sistema operacional integrado ao Ethereum funciona?
Segundo o site do projeto, o ethOS só está disponível para três modelos de smartphones Pixel, feitos pelo Google. São eles: Pixel 3, Pixel 3XL e Pixel 5a.
Ainda que as motivações de seu desenvolvimento não sejam claras, alguns trechos citados pela equipe mostram um descontentamento com o padrão mainstream da indústria. Como exemplo, recentemente a gigante Apple já declarou guerra a alguns aplicativos de criptomoedas no iOS.
“Interessado em desenvolver no ethOS e ignorar as políticas arbitrárias de outros sistemas operacionais móveis? Junte-se ao nosso Discord e confira nosso Github.”
Como esperado, o projeto do EthereumPhone é de código aberto e está disponível no GitHub. Por fim, vale notar que o sistema operacional foi criado a partir do LineageOS, outro OS aberto de Android.
Embora ainda seja cedo para afirmar que o modelo se tornará um padrão da indústria, a ponto de botar medo no Google e na Apple, o ethOS se descreve como um projeto “mobile3”. Ou seja, uma etapa além da web3 em dispositivos móveis comuns.