Negociado a US$ 51.500, o Bitcoin precisa subir mais 34% para alcançar os US$ 69.000, preço máximo que a criptomoeda atingiu ao longo de sua história frente ao dólar americano. No entanto, o Bitcoin já rompeu seu topo antigo em 14 outras moedas.
Os dados foram apresentados por Balaji Srinivasan, famoso executivo que apostou US$ 2 milhões que o Bitcoin chegaria a US$ 1 milhão em 2023. Após perder a aposta, o ex-diretor da Coinbase afirmou que “queimou 1 milhão para dizer que [os bancos centrais] estão imprimindo trilhões”.
Embora o dólar seja visto como uma salvação para pessoas que vivem em países em desenvolvimento, não é incomum ver americanos reclamando de sua moeda. Há poucas semanas, o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a dívida pública americana é insustentável.
Em outras palavras, esse bote salva-vidas também pode estar furado, assim como os barcos que muitas pessoas estão abandonando.
Bitcoin registra recorde de preços em 14 países
Mesmo que os bancos centrais sejam o maior vilão dessa história, recentemente até o BC Europeu reconheceu que o Bitcoin pode sim ser uma reserva de valor, principalmente em países afetados pela inflação.
O estudo não ficou apenas na teoria, afinal já pode ser visto na prática. Em 14 dos 193 países do mundo, cerca de 7,25% para quem gosta de porcentagens, o BTC já rompeu sua máxima histórica. Em alguns países, como Argentina, Líbano e Nigéria, os gráficos beiram o absurdo.
“O Bitcoin atingiu máximos históricos em quatorze países.”
Bitcoin has passed all-time highs in fourteen countries. pic.twitter.com/GjKF56J8qr
— Balaji (@balajis) February 22, 2024
Os países (e moedas) onde o Bitcoin já atingiu seu ATH, sigla inglesa para “All Time High” ou máxima história, são os seguintes:
- Argentina (peso argentino);
- Burundi (franco burundiano);
- Egito (libra egípcia);
- Gana (cedi ganês);
- Japão (iene japonês);
- Laos (kip laosiano);
- Líbano (libra libanesa);
- Malawi (kwacha malauiano);
- Nigéria (naira nigeriana);
- Paquistão (rupia paquistanesa);
- República do Congo (franco congolês);
- Serra Leoa (leone);
- Sudão (libra sudanesa);
- Turquia (lira turca).
Apesar de alguns países serem pequenos, outros merecem destaque. O principal caso é o Japão, considerado a 4ª maior economia do mundo pelo FMI, mas que está tendo problemas em manter a força de sua moeda, o iene.
Logo na sequência aparece a Turquia. Embora seja listada como a 17ª maior economia do mundo pelo mesmo estudo, sua moeda se tornou mais volátil que o próprio Bitcoin e opera em baixa há mais de 8 anos. Segundo pesquisa de 2023, metade da população turca já investe em criptomoedas, muito provavelmente para fugir da inflação da lira turca.
Muitos acreditam que o Bitcoin passará seu topo antigo contra o dólar em breve. No mercado de opções, há diversas calls entre os US$ 60.000 e US$ 75.000 em contratos com expiração para 29 de março. Já nos contratos com prazo para dezembro, outros investidores já possuem posições montadas para os US$ 100.000.