Após o sucesso dos ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, diversas empresas chinesas estão tentando lançar produtos similares através de suas subsidiárias em Hong Kong. As informações são do Securities Times, jornal estatal chinês focado em economia.
Dentre os nomes vazados estão o Harvest Fund e o China Southern Fund, que administram R$ 1,1 trilhão e R$ 1,4 trilhão, respectivamente. Como comparação, a BlackRock administra R$ 45,8 trilhão e seu ETF, o IBIT, já detém mais de 263.000 bitcoins (R$ 95,7 bilhões) em suas carteiras.
Já o Bitcoin voltou a operar acima dos 70 mil dólares nesta segunda-feira (8) após uma alta diária de 3%. Negociado a US$ 71.800, o BTC está em seu maior preço das últimas 3 semanas enquanto faltam apenas 12 dias para o halving.
ETFs de Bitcoin podem chegar na China nos próximos meses
Embora a China tenha banido as criptomoedas por completo, Hong Kong serve como um representante para empresas e investidores que desejam aproveitar o mercado de R$ 13,5 trilhões das criptomoedas. Neste caso, empresas chinesas estão usando suas subsidiárias para atuar no mercado.
Assim como aconteceu nos EUA, essas empresas lançaram ETFs futuros em um primeiro momento e agora estão tentando lançar produtos à vista. O destaque fica para a CSOP, subsidiária do China Southern Fund, que já administra ETFs tanto de Bitcoin quanto de Ethereum na região.
“Também estamos estruturando negócios relacionados ao Bitcoin, lançando produtos no mercado de Hong Kong por meio de nossa subsidiária em Hong Kong, mas não se trata de futuros ETFs”, comentou uma fonte ligada ao Harvest Fund para o Securities Times.
Segundo especialistas consultados pela mídia local, esses ETFs podem chegar no mercado chinês ainda no segundo semestre desse ano, ou seja, antes do fim de junho. No total, mais de 30 fundos da China possuem subsidiárias em Hong Kong, podendo ser um ambiente competitivo assim como acontece nos EUA.
Ainda quando os ETFs futuros foram lançados na região, Arthur Hayes, CEO da BitMex, comentou sobre a possibilidade de chineses investirem em Bitcoin. Em suma, o bilionário notou que são duas jurisdições diferentes e embora não exista nenhuma liberdade financeira, eles poderão surfar esse mercado de alta.
Em outra oportunidade, Hayes também comentou que o Bitcoin chegará a R$ 5 milhões com o lançamento de ETFs à vista nos EUA, Europa e China (Hong Kong).
Bitcoin volta a subir e opera acima dos US$ 70.000
Após dar dois sustos nos investidores, o primeiro na metade de março e o segundo no início de abril, o Bitcoin voltou a operar acima de sua máxima histórica de 2021. Os ganhos chegam a 11,3% nos últimos 5 dias conforme o BTC saiu dos US$ 64.500 para os US$ 71.800.
Apesar disso, o mercado de futuros está mais calmo do que nas semanas anteriores. Segundo dados da Coinglass, apenas R$ 920 milhões foram liquidados nas últimas 24 horas, sendo R$ 600 milhões em posições vendidas e R$ 320 em posições compradas. No início de março, esse número chegou a R$ 5,8 bilhões em um único dia.
Por fim, embora ainda faltem três semanas para o fim de abril, o Bitcoin está se programando para fechar seu 8º mês consecutivo em alta. Para isso, a maior criptomoeda do mercado precisa se manter acima dos US$ 71.300.