Enquanto fundadores de exchanges aparecem em listas de bilionários, marcando presença entre as pessoas mais ricas do mundo, empreender neste setor parece mais difícil do que parece. Segundo estudo do CoinJournal, a cada quatro dias, uma exchange de criptomoedas encerrou suas atividades.
O principal motivo é desconhecido, elas “simplesmente sumiram”. Seguindo, outras causas são razões comerciais e regulatórias, seguindo por rebranding, golpes e hacks.
Portanto, vale lembrar que os mais afetados são sempre os clientes. Sendo assim, recomenda-se aos investidores que usem tais plataformas apenas para compra e venda de criptomoedas, mantendo suas economias sob sua própria custódia.
Era uma vez uma exchange de criptomoedas
Apenas em 2022, pelo menos 21 exchanges já encerraram as suas atividades, deixando clientes apavorados. Tal número tende a aumentar nos meses seguintes, principalmente quando comparado aos anos anteriores.
Para mostrar o quão preocupante são estes dados, uma exchange de criptomoedas foi fechada a cada quatro dias nos últimos três anos. O estudo foi feito pelo CoinJournal, usando dados do CryptoWisser.
Destas 316 exchanges que encerraram suas atividades nos últimos 8 anos, 42% delas nem sequer apresentaram uma razão — apenas fecharam suas portas.
Outros motivos incluem razões comerciais e regulatórias, rebranding, golpes e, surpreendentemente menos frequente, hacks sofridos por estas exchanges de criptomoedas representam apenas 5%.
Portanto, estes números são alarmantes e servem de lembrete para que investidores usem uma carteira própria para armazenar seus fundos. Afinal, o Bitcoin foi criado para que as pessoas “sejam os seus próprios bancos”.
2022 é outro ano difícil para a indústria
Até o momento, diversas exchanges já travaram saques de seus clientes citando as desculpas mais esfarrapadas possíveis, como “as condições extremas do mercado”.
Entretanto, muitas destas ainda não aparecem no “cemitério das exchanges” do CryptoWisser, sendo esperado que este número aumente nos próximos meses.
As únicas que se salvam são aquelas marcadas por “rebranding”, ou seja, que apenas mudaram seu nome. Já o desaparecimento das outras são sinônimo de dor de cabeça para seus antigos clientes, que provavelmente nunca mais verão o seu dinheiro.
Por fim, outro número que assusta são as mais de 20.000 criptomoedas no mercado. Mais um indício de excessos desta indústria onde maximalistas tentam alertar para os seus riscos.