Alguns afirmam que a inflação é perigosa e o mundo vai acabar por conta disso. O Brasil já passou por hiperinflação, assim como Argentina, Grécia, Indonésia, Colômbia, e Vietnã.
O sistema fiat, esse dos Bancos Centrais, é baseado em dívidas sem perspectiva de pagamento. Afinal, dá pra imprimir quanto dinheiro quiserem. Na pior das hipóteses, o país passa alguns anos sem crédito, mas depois a roda volta a girar.
Por que esses zumbis voltam a vida?
Olha, ao cortar de vez a Argentina do sistema fiat, excluindo o país do sistema bancário internacional, você cria 45 milhões de revoltados.
O que aconteceu na Venezuela? O povo simplesmente migra para outros países, que por sua vez, vão ser impactados, criando um efeito dominó. Enfim, não é de interesse dos Bancos Centrais um colapso generalizado.
Inflação é o vilão?
Não. A alta de preços, mesmo que na ordem de 20% ao mês, não torna inviável uma economia. O Brasil enfrentou essa situação entre 1987 e 1994, e cá estamos para contar a história.
O problema é a falta de crescimento. Se todos receberem aumento de 20% ao mês, ao menos num primeiro momento a economia se ajusta. No entanto, a causa da inflação, o descontrole de gastos do governo, força a “puxada de tapete”.
Como o governo quebra um país?
Congelamento de preços, interferência nas estatais, parcelamento de dívidas, moratória interna, recomposição de aposentadorias abaixo da inflação, entre outros. São inúmeras as artimanhas que os governos fazem para driblar esse limite de gastos.
No frigir dos ovos, a única forma de um país quebrar é através da ação dos governos. Se só existissem empresas normais, nenhum banco seria louco de dar crédito para entidades deficitárias.
Como os bancos financiam empresas quebradas?
No sistema fiat o banco é uma extensão do governo, pois é onde ocorre a geração de crédito, expandindo a base monetária. Sem crédito, a economia cresce num ritmo muito menor.
Por esse motivo, os bancos recebem tanta ajuda do governo, por exemplo, repassando linhas de crédito do BNDES e ganhando em cima disso. Num mundo sem Bancos Centrais, não seria possível os bancos emprestarem dinheiro inexistente.
Em última instância, se o banco perde muito dinheiro, os sócios saem ultra-milionários dos rendimentos acumulados na história, e usualmente acontece um pacote de resgate, financiado direta ou indiretamente pelos cofres públicos.
Afinal, a inflação é ou não vilão?
A inflação é um sintoma, não a doença. A morte de um país ocorre pela ineficiência da gestão estatal. É o aparelhamento do Estado, os “direitos” concedidos sem contrapartida que geram dívidas impagáveis, e no final da história: fome e miséria.