Desde que foi lançado, o Bitcoin tem sido alvo de críticas devido ao seu suposto uso em atividades ilegais. No entanto, segundo a Kaspersky, o uso da criptomoeda por criminosos vem diminuindo e pode deixar de ser usado.
Segundo um dos relatórios recentes da Kaspersky, onde a empresa analisa quais foram as previsões para 2022 e a diferença delas para a realidade, 2022 foi um ano, novamente, marcado pelos riscos para os investidores de criptomoedas.
Os cibercriminosos roubaram US$ 3 bilhões dos protocolos DeFi desde o início do ano, totalizando 125 violações de segurança. As estatísticas DeFi mais recentes também indicam que 15 golpes recém-implantados contra contratos inteligentes são descobertos por hora.
Isso torna 2022 o ano mais ativo para criminosos cibernéticos, com valores recordes roubados. Parte disso está na popularização das plataformas de DeFi, aumentando consideravelmente as possibilidades de ataque.
Vale notar que o relatório da empresa de cibersegurança não inclui os rug-pulls, que também foram prolíficos durante esse ano e com certeza colocariam os valores roubados em níveis ainda mais altos.
Além disso, a Kaspersky observou que, à medida que o uso de criptomoedas cresce, também aumentam as tentativas com golpes de criptomoeda.
Também há uma relação inversa, quanto mais as pessoas usam criptomoedas, é menos provável que elas caiam em golpes ou esquemas, já que elas aprendem mais sobre o setor a conseguem identificar sinais de alerta.
Criminosos deixarão de usar Bitcoin
Um dos pontos mais interessantes do recente relatório é justamente como a empresa acredita que no futuro o Bitcoin perderá espaço entre os criminosos, justamente porque o aumento da regulamentação e o entendimento das autoridades dificultará ainda mais o uso da criptomoeda.
“À medida que as sanções continuam a ser emitidas, os mercados se tornam mais regulamentados e as tecnologias melhoram no rastreamento do fluxo e das fontes do Bitcoin, os cibercriminosos se afastarão dessa criptomoeda em direção a outras formas de transferência de valor.”
Ou seja, os cibercriminosos deixarão de usar o Bitcoin em favor de métodos alternativos de transferência de valor, sejam eles outras criptomoedas ou soluções completamente diferentes, tal como a moeda fiduciária, que hoje em dia é mais difícil de rastrear do que o Bitcoin, segundo especialistas.
A Kaspersky alerta que os cibercriminosos continuarão tentando roubar dinheiro por meio de ICOs e NFTs falsos, porém, com esquemas cada vez mais sofisticados.