O banco Bradesco está em busca de criptomoedas do ator e apresentador Luciano Szafir, que eventualmente estejam em alguma corretora brasileira.
O Bradesco, que é um dos maiores bancos do Brasil, busca encontrar valores do ator e de sua empresa desde 2017, por meio da sua divisão Bradesco Saúde. E tudo começou quando uma dívida de R$ 8.640,00 foi cobrada da empresa de Luciano, com ambas as partes chegando a assinar um Termo de Acordo e Confissão de Dívida.
Na época, o Bradesco deixou que a empresa pagasse em 6 parcelas fixas e consecutivas de R$ 1.440,00. Contudo, nenhuma prestação poderia ser paga com atraso para que o acordo se mantivesse.
Como apenas a primeira parcela foi paga, o banco ingressou na justiça para cobrar a dívida.
Após não conseguir cobrar a dívida diretamente com a empresa e seu sócio, o Bradesco declarou na justiça que deve receber o valor, inclusive com juros de 1% ao mês a partir da parcela inadimplente e mais 20% do valor do débito.
Inicialmente, a dívida pertencia apenas a empresa, mas no termo de confissão de dívida ficou declarado que Szafir seria incluído no caso de inadimplência, visto que ele é sócio e representante da empresa que agencia influencers digitais.
No final de 2018, com a dívida já em R$ 11.200,00, a justiça chegou a bloquear um veículo Pajero GLS-B de Szafir pelo sistema Renajud, impossibilitando este de ser transferido. No dia da busca para penhora, o porteiro do prédio onde um oficial de justiça procurou Luciano Szafir afirmou desconhecer ele e o veículo objeto de apreensão.
A justiça também deferiu a busca de bens apenas em nome do ator, visto que sua empresa não declarava imposto de renda.
O Bradesco ainda encontrou no Santander uma aplicação de renda fixa na época, em nome do ator, mas não conseguiu efetuar o bloqueio.
Em 2019, o banco acabou pedindo que a emissora E! Entertainment declarasse o salário de Luciano para eventual penhora, visto que ele estrelou o reality show “Os Szafirs”. A emissora se defendeu dizendo que não tinha relação contratual com ele e muito menos valor a pagar.
Ou seja, nenhum bem pode ser bloqueado até então, e o Bradesco segue em busca de algo de valor em nome do ator.
Como tem tentado há alguns anos bloquear bens de Luciano Szafir e não tem conseguido, o Bradesco pediu autorização para procurar criptomoedas em nome do ator e apresentador.
Nos últimos dias, a juíza que cuida do caso no Tribunal de Justiça de São Paulo concordou com o pedido e autorizou a busca de criptomoedas em várias corretoras, inclusive na Binance.
Com a dívida já em R$ 19.130,61, caso criptomoedas sejam encontradas em nome do ator deverão ser bloqueadas e colocadas a disposição da justiça para penhora.
O Livecoins procurou o ator para confirmar se ele é um investidor em criptomoedas e entender o que motivou essa busca pelo Bradesco, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Em 2021, Luciano chegou a fazer a publicidade para um “Robô da Nasa“, mas depois se retratou publicamente ao entender que se tratava de um golpe.
De qualquer forma, o caso mostra que bancos brasileiros seguem atentos ao mercado de criptomoedas e procurando os ativos em nome de devedores.
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