CEO do maior banco do mundo diz que Bitcoin é golpe

Apesar de seu poder, é importante lembrar que os analistas do JP Morgan continuam estudando o Bitcoin diariamente. Ou seja, a opinião de Dimon é apenas uma e seu banco não deixará dinheiro sobre a mesa.

Jamie Dimon, CEO do banco JP Morgan, continua sendo um grande crítico do Bitcoin. Em conversa com a Bloomberg, publicada nesta quarta-feira (17), o executivo voltou a chamar o Bitcoin de golpe, afirmando que não há nenhuma esperança que o bitcoin se torne uma moeda.

Administrando cerca de US$ 4 trilhões, hoje o JP Morgan é considerado o maior banco do mundo. Portanto, como destacado no título do vídeo Bloomberg, “quando Jamie Dimon fala, o mundo escuta”.

Apesar de seu poder, é importante lembrar que os analistas do JP Morgan continuam estudando o Bitcoin diariamente. Ou seja, a opinião de Dimon é apenas uma e seu banco não deixará dinheiro sobre a mesa.

Jamie Dimon continua cético sobre o Bitcoin

Muitas pessoas mudaram de opinião sobre o Bitcoin ao longo dos anos. Como exemplo, Michael Saylor afirmou em 2013 que o Bitcoin não tinha futuro e hoje é um dos maiores detentores de BTC do mundo através de sua empresa, a MicroStrategy. Já Larry Fink, CEO da BlackRock, também foi um crítico no passado, mas hoje está amando a criptomoeda.

Por outro lado, não há sinais que Jamie Dimon esteja prestes a mudar sua opinião. No passado, o CEO do JP Morgan afirmou que as criptomoedas eram “pedras de estimação”, hoje suas declarações continuam no mesmo nível.

“Se você está falando sobre criptomoedas como o Bitcoin, eu sempre disse que é um golpe.”

“Se eles pensam que é uma moeda, então não há esperança, é um esquema Ponzi”, continuou Dimon. “Se for uma criptomoeda que possa fazer algo como um contrato inteligente, isso tem valor, a [tecnologia] blockchain funciona.”

Em outro trecho da conversa, a jornalista Emily Chang cita Bill Gates, notando que o fundador da Microsoft afirmou que “o sistema bancário é necessário, os bancos não”. Dimon concordou em parte, mas defendeu seu emprego.

“Ele não está errado, a tecnologia muda tudo. Se alguém for arrogante ou pensar que estar em uma boa posição hoje lhe garantirá uma boa posição amanhã, isso é um erro.”

Na sequência, o executivo argumenta que bancos precisam manter e transferir o dinheiro das pessoas, além de realizar pesquisas. No entanto, cita que a Apple, apesar de ser um parceiro, também está se tornando um concorrente ao oferecer serviços bancários.

Independente disso, Dimon não parece estar enxergando o Bitcoin como uma ameaça, o que poderia ser o seu erro.

Mesmo assim, os analistas de seu banco continuam estudando o Bitcoin diariamente. Como exemplo, nesta própria quinta-feira (18), o JP Morgan mostrou-se preocupado com o halving do Bitcoin, apontando para uma queda nos próximos dias.

Por fim, enquanto o CEO do JP Morgan não está interessado no Bitcoin, outros bancos estão.

Nesta semana os brasileiros Banco do Brasil e BTG Pactual apareceram entre os 30 maiores detentores do ETF de Bitcoin da BlackRock. Já o Landesbank Baden-Württemberg (LBBW), maior banco estatal da Alemanha, começará a oferecer serviços de compra e custódia de Bitcoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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