China reaparece entre os países que mais usam Bitcoin apesar de banimento

Mesmo com uma série de proibições relacionadas às criptomoedas na última década, a China ainda está entre os países que mais usam Bitcoin. As informações são do último relatório da Chainalysis, empresa de análise de dados.

Dado isso, a própria Chainalysis enfatiza que o banimento das criptomoedas foi ineficaz, ou então não foi aplicativo rigidamente. Afinal, há um grande uso de serviços centralizados por chineses.

No mesmo relatório, o Brasil aparece como o 7º maior mercado de criptomoedas, na frente de países como Rússia e Argentina e atrás dos Estados Unidos e da Ucrânia, apontados como duas potências do setor.

Banimento do Bitcoin pela China teve pouco resultado

A guerra da China contra as criptomoedas é antiga e teve início antes mesmo do Bitcoin ser conhecido. Em 2009, proibiram as moedas virtuais, já em 2013, durante a primeira grande alta do Bitcoin, restringiram o uso do mesmo por bancos.

Em 2017, baniram ICOs e fecharam exchanges. Em seu último golpe, expulsaram mineradores em 2021, assim como qualquer negociação de criptomoedas no país. Entretanto, a China reapareceu como um dos 10 países que mais utilizam Bitcoin no mais recente relatório da Chainalysis.

“Nossos subíndices mostram que a China é especialmente forte no uso de serviços centralizados, ficando em segundo lugar geral para o volume de transações ajustado ao poder de compra no geral e níveis de varejo.”

China entre os países que mais utilizam Bitcoin e outras criptomoedas. Fonte: Chainalysis.

Finalizando, a Chainalysis aponta que a proibição das criptomoedas foi ineficaz ou não foi aplicada de forma rígida.

Tais dados também batem com um estudo do Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index. Em maio deste ano, o CBECI colocou a China como a 2ª maior mineradora de Bitcoin do mundo, mesmo com tanta repressão do governo.

Migração para Proof-of-Stake do Ethereum pode ajudar chineses

Se os chineses já estão conseguindo driblar as leis locais e ainda minerar Bitcoin e outras criptomoedas, tal evasão pode ser ainda maior com a chegada da maior atualização do Ethereum, o The Merge.

Afinal, investidores de ETH poderão ganhar recompensas de mineração sem precisar de equipamentos especializados e que chamam atenção por conta do consumo energético.

Sendo assim, o The Merge poderá impulsionar este mercado clandestino de criptomoedas na China, especialmente em Ethereum. Portanto, embora tal modelo esteja sendo criticado por sua maior centralização, o mesmo pode apresentar alguns benefícios ainda não tão explorados.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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