O presidente da Bolívia, Luis Arce, disse que pretende seguir os recentes “conselhos” do presidente do Brasil, Lula, para evitar o uso de Dólar quando em negociações diretas com a China.
Em visita a China recentemente, Lula declarou que o uso do Dólar não faria mais sentido na troca comercial entre os países. Além disso, o presidente brasileiro sugeriu que o Yuan chinês passasse a ter um maior uso na relação comercial do Brasil com a China.
A ideia escalou para outros países como a Argentina e ao que tudo indica também despertou a atenção da Bolívia, de acordo com informações do France24.
Ou seja, a América do Sul, que já defendeu no passado a criação de uma moeda própria da região, começa a substituir o Dólar no comércio internacional pelo Yuan, o que pode pressionar a moeda norte-americana.
O que diz o presidente da Bolívia ao estudar como evitar o Dólar no comércio internacional?
Luis Arce, considerado de esquerda no campo da política, pediu que sua equipe analise como evitar o Dólar nas transações comerciais com outros países, principalmente com a China.
Isso porque, o presidente boliviano apontou em um evento recente que seu país tem encontrado dificuldades de ter liquidez com Dólar. E segundo ele, o Brasil e Argentina reconhecerem o problema mostra que as maiores potências da região concordam com sua visão.
Em um evento com apoiadores, Arce declarou que o uso do Yuan em comércio com a China é uma tendência da região, que ele não pode ignorar. Apesar da iliquidez de Dólar em seu país, ele afirmou que a economia local está bem e o problema é transitório.
Bitcoin não é uma opção para Governo da Bolívia
Em 2021, enquanto a China e Cuba alertavam suas populações sobre os riscos do bitcoin em seus países, a Bolívia seguiu os passos dos outros países de esquerda e também alertou contra a moeda digital.
Já em 2022, quando a China emitiu uma proibição geral contra o mercado de criptomoedas, novamente o país sul-americano se moveu. Assim, o Banco Central da Bolívia emitiu uma ordem para que empresas e pessoas não utilizassem as criptomoedas ou bitcoin, podendo receber sanções em caso de descumprimento.
Ou seja, no comércio mundial, a Bolívia segue dependente de moedas fiduciárias de outros países, seja o Dólar ou o Yuan agora, mostrando que o bitcoin não é uma opção do governo local.
Vale lembrar que desde 2014 o bitcoin é uma tecnologia proibida no país, o único da América do Sul a emitir tal ordem.