O Brasil ainda vive um de seus maiores desafios em relação às criptomoedas. O país não possui uma legislação específica para os ativos digitais, e isso pode ser um problema. Desse modo, alguns casos relacionados ao mercado de criptomoedas estão chegando a justiça brasileira sem que exista uma legislação específica para ampará-los.
Sem leis voltadas para os ativos digitais no país, alguns esforços se concentram em garantir a proteção de negócios do setor, como a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto). Dessa forma, a associação busca representar várias empresas que atuam no país. Em uma recente entrevista publicada pela Infomoney, o presidente da associação falou sobre os maiores desafios enfrentados no Brasil.
Projeto de lei sem benefícios para o mercado já foi arquivado
Em relação a regulação para o mercado de criptomoedas no Brasil, para o economista Luiz Roberto Calado, isso ainda deverá esperar. Um projeto de lei foi arquivado há poucos dias. Isso significa que em breve o governo pode abrir uma discussão sobre o setor. Sendo assim, segundo presidente da ABCripto, esse projeto não traria benefícios consistentes para o mercado de criptomoedas.
“Havia aquele projeto de lei que era muito ruim para o ecossistema como um todo. Ele foi arquivado. Então isso é positivo porque deveriam ser feitas muitas mudanças ali, tinha até discussão de criminalização. O arquivamento do projeto de lei foi muito bom para nós e agora abre a oportunidade de, com uma nova legislatura e várias pessoas pró-mercado, abre uma perspectiva muito positiva. O nosso contato com o governo tem sido bastante intenso”.
Mercado continua aquecido e Brasil acompanha tendência mundial
O preço do Bitcoin (BTC) voltou a atingir US$ 4 mil no mercado. Desse modo, muitos investidores voltaram suas atenções para as criptomoedas recentemente. Por outro lado, a falta de regulação para o setor no Brasil pode afastar alguns investidores. O presidente da ABCripto também comentou sobre essa onda de valorização.
“De alguma maneira você vê os investidores e aquelas pessoas da área novamente empolgadas e negociando fortemente e no mundo inteiro. O volume global atingiu níveis que a gente não via desde abril do ano passado e no Brasil praticamente a mesma coisa”.