Criptomoedas ainda não são populares no Brasil, diz StartSe

Pesquisa recente aponta que poucas pessoas conhecem as criptomoedas no país.

Segundo dados de uma pesquisa recente da StartSe, as criptomoedas ainda não são populares no Brasil como meio de pagamento, ao contrário do cartão de crédito, que segue como líder no quesito.

Criadas há 13 anos com o Bitcoin, as moedas digitais descentralizadas ainda são desconhecidas por muitas pessoas, embora o tema tenha começado a ganhar mais atenção, inclusive pelo mercado financeiro tradicional.

Produtos seguem surgindo em bolsas de valores, o que apresenta a ideia e faz com que investidores estudem sobre o que se trata o assunto.

Já como meio de pagamento, as criptomoedas seguem chamando atenção principalmente em remessas financeiras, baratas e instantâneas.

Pesquisa da StartSe aponta que as criptomoedas ainda não são populares no Brasil

A StartSe é uma escola de negócios no Brasil, com sedes em São Paulo, China, Israel, Portugal e Vale do Silício, que ajuda a educar empreendedores.

Com atuação no país há sete anos, a Starte entrevistou, em parceria com o instituto Pesquisa na Hora, nos últimos dias 408 pessoas maiores de 16 anos que já realizaram pelo menos uma compra ou pagamento nos últimos seis meses.

Além disso, a maior parte foi de homens (54,4%), de 25 a 34 anos (32,4%), da região Sudeste (39%), que recebem de um a três salários mínimos (30,1%). A margem de erro é de 4,9 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95,5%.

No levantamento, o meio de pagamento preferido dos entrevistados é o cartão de crédito, com 62,1% dos brasileiros ainda utilizando esse. O PIX surge na segunda colocação, com 28,9% dos participantes.

Sobre as criptomoedas, 8 em cada dez pessoas nunca utilizaram essa tecnologia para realizar uma transação, o que mostraria que essas ainda não são populares no Brasil.

“As criptomoedas não são populares ainda no país. Oito em cada dez (83,8%) nunca usaram a tecnologia. A maioria dos usuários hoje é de homens (13,3%) e da Região Sul (19%).”

Para o CMO da StartSe, Piero Franceschi, o estudo é importante para ajudar a entender como tem sido os hábitos de compra do brasileiro, sendo que a próxima revolução dos pagamentos já começou.

“Antecipar os hábitos de compra do brasileiro é importante especialmente para o governo poder legislar e desenvolver infraestrutura para que essas tecnologias floresçam. A próxima revolução de pagamento já está acontecendo e, logo mais, não saber operar nesse ecossistema pode significar a extinção de um negócio.”

País é um dos maiores mercados de criptomoedas

Em um estudo recente da Chainalysis, o Brasil surgiu como o sétimo maior mercado do mundo em adoção de bitcoin.

Ou seja, ainda que o Brasil seja um dos maiores mercados, os recentes estudos indicam que a adoção pode ainda estar em estágios iniciais no país, tendo espaço para crescer ainda mais nos próximos anos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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