A queda do Bitcoin nos últimos dois meses já fez o mercado de criptomoedas perder U$ 1 trilhão. Apesar disso, a formação da cruz da morte, ou death cross em inglês, pode derrubar ainda mais o bitcoin e demais criptomoedas.
O padrão cruz da morte acontece quando as médias móveis de 50 e 200 dias se cruzam, mostrando um desinteresse do mercado pelo ativo. O padrão foi visto pela última vez em junho, quando o BTC caiu 22% em três dias.
Já o padrão inverso é chamado de cruz dourada, ou golden cross, sendo observado que a média de preço dos últimos 50 dias rompeu a média dos últimos 200 para cima, ou seja, o ativo está perfomando bem nos últimos meses.
Cruz da morte
As médias móveis, como o nome sugere, são as médias de preço de um determinado período e servem como indicação de como um ativo está se comportando em determinado período. Desta forma, ao usarmos o gráfico diário, a média móvel de 50 nos dá uma visão geral dos últimos dois meses, já a de 200 nos mostra os últimos sete meses.
Com isso podemos ter um panorama sobre a demanda, ou falta dela, de um determinado ativo. Marcada pela passagem da média móvel de 50 pela de 200, a famosa cruz da morte mostra que o interesse no Bitcoin está caindo e que podemos estar entrando em um mercado de baixa.
Apesar de uma cruz da morte ter sido vista em junho do ano passado, o Bitcoin ficou pouco tempo em queda, cerca de 30 dias. Quanto a seu preço, a queda também foi menor que o previsto, já que o BTC perdeu apenas 22% de seu valor. Pouco depois, uma cruz dourada foi formada e levou o BTC a sua máxima histórica.
Cruz dourada
Já o movimento contrário, quando a média móvel de 50 rompe a de 200 para cima, indica que o mercado está animado. A última vez que foi vista, em setembro do ano passado, foi seguida por uma valorização de 50%, fazendo o bitcoin chegar aos 69 mil dólares.
Apesar disso, a cruz dourada que mais teve impacto aconteceu em maio de 2020. Após sua formação o Bitcoin entrou em um mercado de alta que durou cerca de um ano, valorizando mais de 600% no período.
Já a cruz da morte mais lembrada, ocorreu em 2018 quando o BTC também passou cerca de um ano em baixa. Ou seja, embora a última formação deste tipo tenha sido revertida em pouco tempo, é preciso tomar cuidado, afinal podemos entrar entrando em um “inverno das criptomoedas”, com um mercado desanimado.