Gigante das criptomoedas suspende dividendos e ameaça quebrar

Com base no histórico do mercado de criptomoedas, a DCG parece compartilhar características comuns de muitas das outras empresas que quebraram no ano passado.

Em uma tentativa de não colapsar, a gigante das criptomoedas Digital Currency Group (DCG) informou seus acionistas que suspenderá o pagamento de dividendos até “até novo aviso”.

A controladora do maior fundo de criptomoedas do mundo explicou em uma carta enviada aos acionistas nesta terça-feira (18) que a medida foi tomada na tentativa de reduzir despesas e preservar a liquidez para evitar o impacto das atuais condições do mercado.

“Em resposta ao atual momento do mercado, a DCG tem se concentrado em fortalecer nosso balanço, reduzindo as despesas operacionais e preservando a liquidez. Como tal, tomamos a decisão de suspender a distribuição trimestral de dividendos até novo aviso”, disse a empresa.

Os problemas da DCG começaram quando sua corretora de criptomoedas subsidiária, Genesis Global Trading, congelou saques para clientes e deve mais de US$ 3 bilhões a seus credores.

Quem é a Digital Currency Group (DCG)

A Digital Currency Group, também conhecida como DCG, é uma empresa de capital de risco fundada em 2015 por seu atual CEO Barry Silbert, um veterano do mercado que começou a investir em criptomoedas em 2013.

O portfólio da DCG é gerenciado pela Grayscale Investments, uma empresa criada por Silbert que precedeu a criação da DCG, e elas controlam coletivamente o site de notícias Coindesk.

A DCG também possui uma grande participação na maioria das empresas importantes do setor, como Blockstream, Coinbase, Kraken, Abra, BitGo, Lightning Labs, Ripple, Xapo, BitPay, Blockchain.com, Circle e muitos, muitos mais.

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No estilo clássico de gigantes do setor, o controle da DCG de grande parte do ecossistema permite que eles influenciem fortemente várias narrativas e garantam a vitória, independentemente dos resultados variáveis.

Em 2015, as corretoras que a DCG investiu possuíam 40% de todo o volume global de negociação de Bitcoin, o que dava à empresa a oportunidade de trabalhar em alianças com corretoras do mundo todo.

Mas tudo mudou com a chegada da Binance, que hoje controla mais de 80% do volume mundial de criptomoedas.

DCG ameaça quebrar

O recente movimento da empresa de suspender dividendos é apenas a ponta do iceberg de problemas que vêm se arrastando desde meados de 2022.

Quando a corretora de criptomoedas FTX quebrou, a plataforma da DGC, Genesis, teve problemas de liquidação que os levaram a suspender a retirada de fundos. A empresa também demitiu 30% de seus funcionários no início deste mês. Ela deve US$ 3 bilhões aos seus credores e a DCG está sendo pressionada para pagar a dívida.

Outros negócios da DCG — incluindo o maior fundo de bitcoin do mundo, Grayscale Investments, o site de notícias Coindesk e a mineradora de Bitcoin Foundry — também enfrentam problemas significativos.

O GBTC, fundo baseado em bitcoin da empresa, está sendo negociado com um desconto significativo (cerca de -45%) em relação ao preço real do bitcoin.

A Grayscale foi alvo de preocupação no final do ano passado, quando se recusou a provar suas posses em bitcoin, citando “preocupações com segurança”, a Grayscale disse que não poderia disponibilizar publicamente nenhuma “informação de carteira on-chain e dados de confirmação por meio de uma prova de reservas”.

Com base no histórico do mercado de criptomoedas, a DCG parece compartilhar características comuns de muitas das outras empresas que quebraram no ano passado.

Se ela quebrar, os efeitos no mercado ainda são incertos, mas certamente desencadeará uma nova crise no setor.

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