Desempregado perdeu acerto após investir na empresa do “Pastor do Bitcoin”

Situação do investidor que acreditou em esquema de 15% ao mês é complicada e segue na justiça.

Um homem desempregado de Cabo Frio perdeu tudo que investiu na empresa do “Pastor do Bitcoin”, Eagle Eyes, inclusive seu acerto trabalhista.

A empresa atuava em Cabo Frio e acabou suspendendo repentinamente os pagamentos prometidos aos clientes em 2021. A região dos Lagos ficou conhecida como “Novo Egito”, após o surgimento de várias empresas de pirâmides financeiras surgirem na região nos últimos dois anos.

Uma delas e que se destacou pela repercussão foi a GAS Consultoria, que tinha como líder o “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, preso desde agosto pela PF, que deflagrou a Operação Kryptos.

Mas uma investigação da polícia civil do Rio de Janeiro tinha como alvo cerca de 20 empresas que atuaram na região com promessas descabidas de altos rendimentos. Muitas pessoas que acreditaram nesses negócios acabaram perdendo tudo que tinham.

Desempregado perdeu acerto após investir na empresa do “Pastor do Bitcoin”

Um brasileiro desempregado desde agosto de 2021 atravessa uma dura realidade após um episódio lamentável envolvendo criptomoedas.

Isso porque, desde setembro daquele ano a Eagle Eyes, empresa do “Pastor do Bitcoin” em Cabo Frio suspendeu os saques aos clientes, que se desesperaram após propostas de altos rendimentos associados com criptomoedas.

A empresa prometia 15% ao mês, cativando os clientes com a figura de seu líder, um pastor de uma igreja da região que passava credibilidade aos investidores. Além de “guia espiritual”, o homem dono da Eagle Eyes era dono de um restaurante em Cabo Frio, que foi incendiado após o fim do esquema.

Com vários investidores enfurecidos com o caso, a igreja chegou a ser saqueada e o suposto pastor chegou a informar que os saques seriam retomados para clientes.

Contudo, um investidor que cansou de esperar entrou na justiça do Rio de Janeiro contra a Eagle Eyes, pedindo todo o seu dinheiro de volta.

No processo que tramita desde março de 2022, o homem conseguiu até comprovar que não tem mais renda, visto que foi demitido e antes disse havia investido todo o seu dinheiro no esquema que usava a imagem das criptomoedas.

“Não obstante a decisão que indeferiu ao agravante a gratuidade de justiça, o documento juntado aos autos originários comprova que o agravante estava empregado até agosto de 2021, recebendo salário em torno de R$ 3.800,00, sendo certo que foi demitido e é bastante crível a alegação autoral de que tenha utilizado o valor de sua rescisão contratual de trabalho para investir em criptomoedas, tendo efetuado transferência para a empresa ré no mesmo mês de sua demissão”.

Ao constatar a situação degradante de falta de dinheiro do investidor lesado pela empresa, o desembargador Wagner Cinelli concedeu-lhe o benefício de gratuidade de justiça e o caso deverá agora esclarecer o pedido do cliente de Danos Morais e Materias contra a empresa que ele um dia acreditou.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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