Um estudo recente sugere que dez milhões de brasileiros já investem em criptomoedas, colocando o Brasil como o quinto maior mercado mundial.
Os dados foram obtidos por um estudo feito da TripleA e Binance, corretora que tem no Brasil um de seus principais mercados no mundo.
O número de investidores de criptomoedas em 10 milhões de pessoas colocaria este mercado maior que a bolsa de valores local, a B3, indicando um maior interesse em ter moedas digitais que ações. As informações são do FinDocs.
Em um estudo recente liberado pela FinDocs, o mercado de investimentos em criptomoedas no Brasil acabou se mostrando grande e promissor, com dez milhões de investidores brasileiros já realizando aportes neste setor.
No dia 3 de novembro, a B3, única bolsa de valores do Brasil, divulgou que havia alcançado 4 milhões de contas pessoa física, número que pode ser menos da metade do mercado de criptomoedas, segundo estudo da TripleA. Recentemente, o CEO da B3 atacou corretoras de criptomoedas, que responderam que ele pode estar “acuado” com o mercado.
Com 10 milhões de brasileiros investindo em criptomoedas, esse mercado então já teria alcançado 4,9% da população brasileira, sendo o quinto maior do mundo, atrás Índia, EUA, Rússia e Nigéria.
Os dados revelam assim que o potencial de adoção e crescimento do setor ainda é enorme, visto que o movimento de adoção está apenas no início. Dados públicos, contudo, já revelam que o Brasil é o terceiro país que mais acessa a plataforma Binance, já dando destaque ao país.
Percentualmente, o estudo revela que a Ucrânia é o país com mais investidores no mercado, com 12,5% da população já tendo realizado aportes em moedas digitais, seguido pela Rússia, com 11,9%.
Vale notar que outro estudo do FinDocs também mostra que o Brasil teve um crescimento acumulado na inflação dos últimos 12 meses de 6,3%, um dos maiores do mundo. A Espanha também registrou um aumento na mesma proporção que o Brasil, mostrando que países da Europa também estão sob pressão.
O terceiro país com a maior inflação em 12 meses é o Estados Unidos, que viu o poder de compra de sua população subir 5%. Esse país é a maior potência na economia atual, mostrando que a alta de 98% do Bitcoin em 2021 pode ter ajudado investidores a manter seu poder de compra.
Chama atenção que a China registrou uma inflação de apenas 2%, sendo uma das menores do mundo. A procura por criptomoedas pode não ter uma relação direta com a proteção contra a inflação, mas mostra que cresce na medida em que as moedas nacionais não conseguem se manter estáveis.
Comentários