O Bitcoin grudou nas ações de empresas de tecnologia nos últimos anos, movendo-se junto as mesmas, tanto para cima quanto para baixo, mas isso parece estar mudando e incomodando os críticos.
Enquanto empresas como Microsoft, Meta, Google, NVIDIA e AMD apresentaram fortes quedas nesta semana, o Bitcoin andou na direção oposta, voltando a ser negociado acima dos US$ 20.000 pela primeira vez no mês de outubro.
Além disso, outros dados apontam que o Bitcoin está menos volátil que as maiores ações do mundo conforme segue em um movimento de lateralização desde junho, flutuando entre US$ 18.000 e US$ 25.000.
Alguns acreditam que este seja o futuro do Bitcoin, mais maduro e confiável, mas mais chato. Outros enxergam a falta de volatilidade como uma armadilha, principalmente pela queda de volume.
Financial Times chama Bitcoin de “chato”
O jornal britânico Financial Times é um destes que compõe o time dos pessimistas. Em matéria publicada nesta quinta-feira (27), o FT chama a estabilidade do Bitcoin de “insuportável”, deixando um alerta no sub-título da matéria.
“Só não pergunte o que acontece se cair abaixo dos US$ 18.000.”
Em outras palavras, o jornal acredita que os US$ 18.000 sejam o maior suporte do Bitcoin, o que poderia ativar diversos stop loss e, por consequência, gerar uma grande queda.
Voltando a estabilidade do Bitcoin, o FT nota que a estabilidade de preço do Bitcoin coinscide com a queda de volume em corretoras. Exceto na Binance, afinal a mesma cortou as taxas de negociações em alguns pares.
“Como era de se esperar, essa falta de movimento coincidiu com uma queda na atividade na maioria das exchanges, exceto a líder de mercado Binance.”
Por fim, alguns analistas acreditam que essa falta de volume seja preocupante, podendo derrubar o BTC ainda mais, como aconteceu no bear market passado. Entretanto, outros enxergam como uma maturidade do mercado, já livre dos excessos e da ganância.