ETF de Bitcoin da BlackRock deve receber sinal verde em breve

Para Eric Balchunas, analista sênior da Bloomberg, a única diferença agora é o histórico da BlackRock. Dos seus 576 pedidos de ETF, 575 foram aprovados e apenas um foi rejeitado.

Até mesmo o Financial Times (FT), famoso jornal econômico crítico do Bitcoin, está acreditando que o ETF da BlackRock será aprovado nos EUA. Em matéria publicada nesta quarta-feira (28), o FT apresentou a opinião de diversos especialistas.

Dave Weisberger, co-fundador e CEO da CoinRoutes, apontou que “é provável que o ETF da BlackRock seja aprovado” já que sua estrutura é idêntica ao SPDR Gold Shares (GLD) e ao iShares Gold Trust (IAU), dois ETPs de ouro.

“Ela foi inteligente ao estruturá-lo da mesma forma que GLD e IAU são estruturados. Se for a tribunal, a SEC está efetivamente argumentando que há alguma diferença fundamental entre o ouro, classificado como commodity, e o bitcoin, [também] classificado como commodity.”

Em relação ao ‘tribunal’, a FT lembrou que a Grayscale, responsável pelo GBTC está processando a SEC após ela rejeitar a conversão de seu fundo em um ETF.

No momento, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) possui 643.572 bitcoins, mais de 3% da oferta total do Bitcoin. No entanto, o ativo chegou a ser negociado com um desconto de 50% em relação ao BTC devido a dificuldades na conversão dos fundos, algo que poderia ser simplificado caso ele fosse convertido em ETF.

Desde o pedido de ETF da BlackRock, tal desconto caiu de 44% para 31%. Estima-se que esse desconto desapareça caso o ETF da Grayscale também seja aprovado.

Desconto no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em queda enquanto otimismo toma conta do mercado com o pedido de ETF da BlackRock. Fonte: TheBlock.
Desconto no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em queda enquanto otimismo toma conta do mercado com o pedido de ETF da BlackRock. Fonte: TheBlock.

No entanto, outros estão céticos que os EUA aprovarão um ETF de Bicoin. Como destaque, a FT notou que o primeiro pedido ocorreu em 2013, há uma década, pelos gêmeos Winklevoss. Na data, o BTC era negociado próximo aos US$ 1.000.

Para Eric Balchunas, analista sênior da Bloomberg, a única diferença agora é o histórico da BlackRock. Dos seus 576 pedidos de ETF, 575 foram aprovados e apenas um foi rejeitado.

Outro analista com o mesmo pensamento é Bryan Armour, da MorningStar. No entanto, notou que a BlackRock pode saber de algo que não sabemos.

“Não vejo nenhuma razão para acreditar que a SEC mudaria seu pensamento sobre isso”, disse Armour, apontando que o recorde de 575/1 da BlackRock é “a única razão pela qual esperamos que ele seja aprovado”.

“Há um risco de reputação que vem com o arquivamento. Você sente que eles não fariam isso se não houvesse um motivo.”

Nas rejeições passadas, a SEC afirmou que o mercado pode ser manipulado. De qualquer forma, a Comissão aprovou diversos ETFs de futuros de Bitcoin em 2021. Um deles, da ProShares, chegou a US$ 1,1 bilhão em negociações em apenas dois dias, batendo um recorde que perdurava há 18 anos, mostrando o interesse do mercado.

Ou seja, fica difícil entender porque os EUA não aprovariam um ETF de Bitcoin à vista. Além disso, eles já existem em outros países.

De qualquer forma, Bryan Armour apontou que a BlackRock tomou atitudes em relação aos motivos citados nas rejeições anteriores da SEC. Uma delas foi o uso do serviço de custódia da Coinbase para lidar com os fundos, uma separação que até agora não existia no mercado.

Nate Geraci, presidente da ETF Store, comentou que “isso poderia, teoricamente, abrir caminho para a aprovação, pois abordaria diretamente a principal preocupação da SEC”.

Na sequência, o executivo também citou a abertura da EDX Markets (EDXM), corretora apoiada por gigantes como Fidelity, Charles Schwab and Citadel Securities. A EDXM “pode ser a solução exata necessária para deixar a SEC confortável”, finalizou Geraci.

Por fim, o Bitcoin valorizou mais de 20% desde o pedido de ETF da BlackRock, gestora com mais de US$ 10 trilhões em ativos sob gestão, mas isso pode ser apenas o início da alta conforme o número de bitcoins à venda está em queda.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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