Ethereum alcança os US$ 3.000 enquanto BlackRock tenta emplacar ETF nos EUA

Devido ao sucesso dos ETFs de Bitcoin, cuja acumulação já ultrapassa os 200.000 BTC (R$ 52 bilhões), investidores podem estar se antecipando às compras de Ethereum por gigantes financeiras.

O Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mercado, atingiu os US$ 3.000 nesta manhã de terça-feira (20). Além de estar acompanhando a alta do Bitcoin, a valorização do ETH também pode estar ligada a especulação sobre os pedidos de ETF e uma nova atualização na rede.

Isso porque, a BlackRock é uma das várias gestoras que está tentando emplacar o primeiro ETF à vista de Ethereum nos EUA. Devido ao seu histórico de 576 aprovações e apenas 1 rejeição, espera-se que eles consigam lançar um ETF de Ethereum assim como fizeram com o Bitcoin em janeiro.

Enquanto isso, o desenvolvimento do Ethereum também continua em passos largos. Além da atualização Dencun, esperada para o dia 13 de março, Vitalik Buterin também comentou sobre o uso de inteligência artificial para encontrar bugs no código de sua moeda, sendo esse o maior risco atual do projeto, segundo seu criador.

Contagem regressiva para ETFs à vista de Ethereum nos EUA

Assim como aconteceu com os pedidos de ETF de Ethereum, a SEC tem diversos prazos para responder às gestoras. Como já era esperado, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA adiou a decisão nas primeiras oportunidades, mas o prazo virou uma “contagem regressiva”.

Os primeiros pedidos têm prazo final marcados para o final de maio, daqui a 3 meses. As gestoras por trás desses pedidos são VanEck, Ark Invest/21 Shares e a brasileira Hashdex.

Já os prazos das gigantes BlackRock e Fidelity, as duas maiores gestoras do mundo, estão marcados apenas para agosto. No entanto, a SEC pode agilizar esse processo, aprovando todos ETFs de uma só vez com antecedência, assim como fez com os ETFs de Bitcoin.

Prazos para SEC responder gestoras sobre pedidos de ETF de Ethereum à vista. Fonte: James Seyffart/Reprodução.
Prazos para SEC responder gestoras sobre pedidos de ETF de Ethereum à vista. Fonte: James Seyffart/Reprodução.

Devido ao sucesso dos ETFs de Bitcoin, cuja acumulação já ultrapassa os 200.000 BTC (R$ 52 bilhões), investidores podem estar se antecipando às compras de Ethereum por essas gigantes.

No entanto, vale notar que a Grayscale possui quase 3 milhões de ETH (R$ 44 bilhões) e a gestora também está tentando converter seu fundo, o ETHE, em um ETF. Portanto, é possível que ela cause uma pressão vendedora caso esses produtos sejam liberados nos EUA.

O futuro do Ethereum

Conhecido por ter mais atualizações que o Bitcoin, o Ethereum continua se atualizando. Após a atualização Shapella em 2023, o projeto agora aguarda a atualização Dencun, marcada para o dia 13 de março, e a introdução do chamado “proto-danksharding” ou EIP-4488.

Em suma, a atualização foca na escalabilidade da rede, permitindo mais transações por segundo, o que deve diminuir as taxas da rede. A sigla EIP, mencionada acima, refere a “Proposta de Melhoria do Ethereum”, e outras devem ser implementadas nessa atualização, como às de números 1153, 4788, 6780, 7044 e 7045.

Já Vitalik Buterin, criador do Ethereum, acredita que o maior risco para o Ethereum sejam bugs em seu código. Como resposta, afirmou que a inteligência artificial (IA) pode auxiliar os desenvolvedores do projeto a mitigar esse risco.

“Uma aplicação de IA que me entusiasma é a verificação formal de código auxiliada por IA e a descoberta de bugs”, comentou Buterin no domingo (18). “No momento, o maior risco técnico do Ethereum provavelmente são bugs no código, e qualquer coisa que pudesse mudar significativamente o jogo seria incrível.”

Negociado a US$ 3.000 nesta terça-feira (20), o Ethereum ainda tem muito caminho para retomar seu topo histórico de US$ 4.900. De qualquer forma, suas atualizações e a possível chegada de ETFs podem ajudá-lo a crescer em 2024.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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