Os líderes do G20 emitiram um comunicado mundial sobre as stablecoins globais, que não podem operar sem a devida regulação. O tema blockchain e moedas de bancos centrais também foram mencionados pelos mandatários.
Reunidos em Roma, Itália, os principais líderes mundiais participaram nos dias 30 e 31 de outubro da 16.ª Cúpula do G20, dentre os quais até o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, marcou presença.
Entre as várias discussões que os líderes tiveram, assuntos de economia, saúde, entre outras mais. A cúpula do G20 já está agendada para os próximos três anos, devendo acontecer na Indonésia em 2022, na Índia em 2023 e no Brasil em 2024.
Em uma carta aberta a comunidade mundial, os líderes do G20 deixaram claros os pontos dos quais esperam mudanças na sociedade e como devem trabalhar para isso acontecer.
Um dos assuntos então foi de pagamentos transfronteiriços, que tem “metas ambiciosas” para serem cumpridas até 2027, devendo enfrentar os desafios de custo, velocidade e transparência.
Neste ponto, os líderes emitiram um alerta contra as chamadas stablecoins globais, que não podem começar a operar sem requisitos legais serem aprovados.
“Reiteramos que nenhum dos assim chamados “stablecoins globais” deve começar a operar até que todos os requisitos legais, regulamentares e de supervisão relevantes sejam atendidos de forma adequada por meio de um projeto apropriado e aderindo aos padrões aplicáveis.”
Os líderes ainda declararam que as recomendações de alto nível do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) sejam cumpridas pelas jurisdições, de forma a realizarem ajustes necessários em seus países para atender às recomendações.
Outro debate sobre pagamentos fronteiriços feito na 16.ª Cúpula do G20 foi sobre as moedas digitais de bancos centrais, chamadas CBDC. De acordo com a declaração dos líderes do G20, publicada pelo Ministério das Relações Exteriores no Brasil, o assunto deverá avançar nos países, com apoio do Banco Mundial, FMI e BIS.
“Encorajamos o Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado, o Centro de Inovação do Banco de Compensações Internacionais, o FMI e o Banco Mundial a continuarem a aprofundar a análise sobre o papel potencial das moedas digitais de bancos centrais no aprimoramento dos pagamentos transfronteiriços e suas implicações mais amplas para o sistema monetário internacional”.
No âmbito da economia digital, o G20 ainda pede que a tecnologia blockchain seja utilizada para garantir o rastreio de produtos, oferecendo a consumidores mais proteção.
O debate também se estendeu sobre os crimes digitais, em especial os ransomwares, que têm chamado atenção do mundo todo. Temas como uma Tributação Internacional, emprego e proteção social, entre outros mais foram discutidos pelos líderes, que voltam a se reunir em 2022 para apresentar evoluções dos temas em seus países.
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