A Genesis, subsidiária do Digital Currency Group (DCG), entrou com pedido de falência nesta sexta-feira (20), confirmando rumores que isso seria conduzido ainda nesta semana.
No documento aparecem os 50 maiores credores da empresa, com saldos variando entre US$ 10 milhões e US$ 765 milhões (R$ 52 milhões e 4 bilhões), incluindo corretoras, fundos de hedge e outros tipos de negócios.
Embora sua falência afete outras gigantes da indústria, como a Gemini, o preço do Bitcoin manteve-se estático com a notícia. Dias antes, um famoso trader comentou que o mercado já havia precificado tal quebra. Ou seja, sua falência não pegou ninguém de surpresa.
Chamado de Capítulo 11 (Chapter 11) nas Leis de Falência dos EUA, a Genesis segue pelo mesmo caminho que a FTX tomou há dois meses. Em suma, o processo permite que empresas busquem restruturação enquanto deixam seus credores na espera.
Quanto aos credores, a Genesis liberou uma lista dos 50 maiores, com uma soma de US$ 3,5 bilhões (R$ 18,2 bi). O maior deles é a corretora dos gêmeos Winklevoss, que ameaçaram processar o DCG após o pedido de falência. No total, a Genesis deve US$ 765 milhões à Gemini.
Seguindo, o documento apresenta tanto nomes famosos quanto outros não tão conhecidos por investidores.
Como exemplo, um fundo do VanEck e a corretora Ripio aparecem na lista, bem como grupos ligados as criptomoedas Stellar (XLM) e Decentraland (MANA), nenhuma das duas apresentou grande variação de preços nesta sexta-feira.
Quanto aos menos conhecidos, uma empresa chamada Mirana Corp. aparece com um montante de US$ 151 milhões. Enquanto isso, a empresa brasileira Schnutz Investments LP completa a lista.
Enquanto isso, o Bitcoin segue estático nos US$ 21.000. Não pela irrelevância da Genesis e sua empresa-mãe, o DCG, mas sim por ser um evento já conhecido por todos.
Afinal, a insolvência da Genesis já era um fato conhecido desde meados de novembro do ano passado, poucos dias após a FTX entrar com seu pedido de falência.
Portanto, embora o efeito dominó ainda esteja derrubando peças, o mercado segue otimista que o Bitcoin possa ter um grande ano em 2023, principalmente se o Fed começar a reduzir as taxas de juros.
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