A gestora americana VanEck publicou um estudo nesta quarta-feira (24) sobre o futuro da maior criptomoeda do mercado. O texto aponta que o Bitcoin pode chegar a US$ 2,9 milhões em 2050, representando uma alta de 4.400% em relação ao preço atual de US$ 65.000.
Hoje o ETF de Bitcoin da VanEck é o 6º maior dos EUA. No total, a gestora já administra mais de 11 mil bitcoins, equivalentes a R$ 4 bilhões, para seus clientes.
Embora este número esteja longe dos 337 mil bitcoins da BlackRock e dos 271 mil bitcoins da Grayscale, ele representa 0,8% dos ativos totais administrados pela VanEck. Ou seja, é um produto importante para a gestora, principalmente por ter apenas 6 meses de existência.
VanEck prevê o Bitcoin a US$ 2,9 milhões
A VanEck não está sozinha em sua previsão meteórica para o Bitcoin. Como exemplo, a Ark Invest, outra gestora americana, prevê que o BTC chegará a US$ 2,3 milhões no futuro.
Explicando seu estudo, a VanEck comenta que o “Bitcoin terá solidificado sua posição como um importante meio de troca internacional, finalmente se tornando uma das moedas de reservas do mundo”.
Na sequência, a gestora apresenta mais detalhes sobre seu cálculo, afirmando que o Bitcoin será usado como um ouro digital por governos.
“É concebível que até 2050 o Bitcoin possa ser usado para liquidar 10% do comércio internacional do mundo e 5% do comércio doméstico mundial”, escreve a VanEck. “Este cenário resultaria em bancos centrais mantendo 2,5% de seus ativos em BTC.”
“Utilizando suposições sobre o crescimento global, a demanda dos investidores por BTC e a rotatividade do Bitcoin, aplicamos uma equação de velocidade do dinheiro para sugerir um preço potencial de US$ 2,9 milhões por Bitcoin, traduzindo-se em um valor de mercado total de US$ 61 trilhões.”
Um dos motivos apresentados é a crise das quatro maiores moedas do mundo, dólar, iene, euro e libra esterlina, bem como o declínio dos PIBs desses países e o aumento da dívida pública.
Outros pontos citados são a “deterioração de direitos de propriedade”, ou seja, uma crítica a inflação das moedas fiduciárias que só perdem valor ao longo do tempo, e também o “crescimento de sanções”, obrigando países a buscarem moedas neutras como o Bitcoin.
Um novo sistema monetário está surgindo, diz VanEck
Seguindo seu longo relatório, a VanEck explica que um novo sistema monetário está surgindo e o yuan é a moeda que mais está crescendo. Isso porque países como Brasil, Rússia e Índia estão oferecendo apoio.
O Bitcoin estaria lentamente entrando nessa conta, já sendo usado pela Rússia no comércio internacional e também pela Venezuela. A previsão da VanEck é que a parcela do Bitcoin chegue entre 5% do comércio doméstico e a 10% do internacional.
Além do seu uso como moeda, o relatório aponta que países também usarão o Bitcoin como um ouro digital. Segundo a gestora, o BTC pode corresponder a 2,5% das reservas internacionais de bancos centrais em 2050.
“Projetado para substituir o dinheiro fiduciário, o Bitcoin é uma melhoria significativa em relação aos sistemas monetários atuais, pois seu sistema substitui autoridades humanas corruptíveis por uma lógica imutável.”
Finalizando, o texto também explica porque o Bitcoin é melhor que o ouro. Na sequência há uma longa seção sobre o potencial de soluções de segunda-camada do Bitcoin, podendo alavancar seus casos de uso.